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Jorge Paulo Lemann diz que comprou ações da Robinhood e mantém as da Tesla

O empresário e bilionário brasileiro afirmou ainda durante conferência que não pretende se desfazer dos papéis da montadora de carros elétricos comprados por sua mulher

Jorge Paulo Lemann: aposta na corretora (Lucy Nicholson/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2021 às 16h07.

Última atualização em 17 de abril de 2021 às 16h37.

Do Estadão Conteúdo: O empresário e bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann , acionista da AB Inbev , dividiu na tarde deste sábado sua visão sobre algumas das empresas que despontam como destaque do mercado americano nos últimos meses. Ele afirmou ter comprado ações da corretora Robinhood e indicou que não pretende vender os papéis da montadora de carros elétricos Tesla comprados pela sua mulher.

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Ele fez os comentários em painel da Brazil Conference at Harvard & MIT, evento organizado pela comunidade de estudantes brasileiros de Boston (EUA), em parceria com o Estadão.

Nitin Nohria, ex-decano da Harvard Business School, perguntou a Lemann e Fabrício Bloisi, CEO do iFood, a impressão deles acerca de uma série de empresas e temas, ao qual teriam de responder se seria uma aposta de curto ou longo prazo, como uma espécie de termômetro sobre a confiança de ambos em torno do negócio. Os dois disseram, por exemplo, que a General Motors e a Exxon Mobil seriam de curto prazo.

Lemann também se disse neutro quando perguntado sobre a Amazon, ao levantar dúvidas sobre o tamanho que a empresa de tecnologia adquiriu e as oposições colocadas contra o negócio atualmente. O bilionário também se disse neutro a respeito do Walmart, uma das empresas que inspirou a gestão nas Lojas Americanas e em outros negócios feitos pelo grupo 3G.

Quando questionado sobre a sua visão do Brasil, o empresário explicou brevemente o que está por trás de sua convicção de longo prazo. "É bastante fácil consertar se a gente consegue colocar as pessoas adequadas, uma governança adequada", afirmou Lemann. "Por isso apostamos nas pessoas. Esperamos que elas voltem ao Brasil e que, embora alguns sejam de direita ou esquerda, possam chegar a situações pragmáticas."

Lemann tem iniciativas no terceiro setor para ajudar jovens brasileiros a se formar em faculdades de ponta no exterior por meio de bolsas. Mais recentemente, o empresário estendeu esses projetos do mundo dos negócios para o campo da política, para incentivar a formação de jovens com interesse a ocupar cargos eletivos.

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