JBS (JBSS3) divulga resultado trimestral: veja o que esperar
Gigante global de carnes tem avaliação positiva de analistas e exposição ampla ao mercado americano, o que reforça as suas perspectivas
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2022 às 06h45.
Uma das ações preferidas por estrategistas para compor a carteira, a JBS (JBSS3) divulga os seus resultados do quarto trimestre nesta segunda-feira, dia 21 de março, depois do fechamento do mercado.
A expectativa de analistas é que a gigante global de carnes apresente receita líquida de R$ 92,206 bilhões no período, com crescimento de 26,2% na comparação com o mesmo período de 2020, segundo o consenso de mercado. O Ebitda, que mede o resultado operacional, deve ter ficado em R$ 11,293 bilhões, com avanço anual de 45,5%.
A margem Ebitda, por sua vez, deve ter subido 1,4 ponto percentual, para 12,2%, sempre de acordo com o consenso dos analistas.
Para a equipe de Equity Research do BTG Pactual, em projeção divulgada no início da temporada de resultados, em fevereiro, as receitas devem ter ficado acima do consenso, em R$ 95,954 bilhões, mas o Ebitda, abaixo, em R$ 10,235 bilhões.
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"As iniciativas de crescimento orgânico e inorgânico estão mais uma vez funcionando intensamente. O fato de a empresa ser pela primeira vez capaz de equilibrar o crescimento enquanto sustenta uma distribuição de caixa elevada aos acionistas e um balanço sólido é uma prova disso", apontaram os analistas Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Bruno Lima, do BTG Pactual, em relatório em fevereiro sobre a companhia.
"Múltiplos continuam a parecer atraentes para uma empresa mais enxuta, sem riscos e mais focada, enquanto isso, a história de geração de valor via fluxo de caixa continua poderosa. Reiteramos nossa [recomendação de] compra", escreveram.
Com o preço no fechamento da última sexta-feira a R$ 37,32, praticamente estável neste ano, a ação da JBS tem um upside de quase 50% em 12 meses segundo preço-alvo fixado pelos analistas do BTG Pactual.
A visão e a expectativa positivas sobre os resultados da JBS são compartilhadas por outras casas.
"Acreditamos que a grande exposição dessas empresas [JBS e Marfrig] ao mercado americano permita que elas se beneficiem do cenário consumidor benigno que a região vem apresentando", apontaram analistas do Itaú BBA em relatório também do mês passado.
"Somado a isso, vimos ao longo do trimestre uma melhora na relação dos spreads (preço de compra do gado vs. preço de venda das carcaças) da região, o que deverá favorecer as duas empresas diante da possibilidade de uma expansão de Ebitda (resultado operacional)", escreveram analistas do Itaú BBA.
O ponto de atenção, segundo eles, devem ser "as operações no Brasil, que sofrem com a escalada no custo do gado no país e deverão ser pressionadas".