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Inflação nos EUA, série de balanços com Oi e Inter e o que move o mercado

Bolsas internacionais operam de forma mista à espera de índice de preços dos EUA

Entrada da sede do Banco Inter, em Belo Horizonte | Foto: Inter/Divulgação (Inter/Divulgação)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de agosto de 2021 às 07h12.

Última atualização em 11 de agosto de 2021 às 07h16.

O mercado internacional inicia esta quarta-feira, 11, de forma mista, com investidores avaliando resultados corporativos e à espera de dados de inflação da economia americana. Na Europa, o índice Stoxx 600 voltou a renovar sua máxima histórica, mas tem alta tímida nesta manhã, subindo 0,1%. Nos Estados Unidos, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq operam no negativo no mercado de futuros.

Será divulgado às 9h30, o Índice de Preço ao Consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) de julho. A expectativa é de uma desaceleração de 0,9% para uma alta mensal de 0,4%. Para o acumulado de 12 meses é esperada uma queda de 5,4% para 5,3%, com o núcleo do CPI passando de 4,5% para 4,3%.

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Os números devem ser acompanhados de perto pelo mercado. Isso porque a alta da inflação americana tem sido o principal argumento para que o Federal Reserve reduza o apoio monetário de 120 bilhões de dólares ao mês.

Na última sessão, o Senado americano aprovou o pacote de 1 trilhão de dólares para investimentos em infraestrutura, que, para parte do mercado, pode aumentar as pressões inflacionárias no país.

No Brasil, o principal indicador será o de vendas do varejo. Sempre com potencial de mexer com as ações do setor, o dado deve revelar crescimento de 0,7% das vendas em junho, representando um aumento anual de 9,1%.

Além dos dados econômicos, investidores seguem atentos à bateria de resultados corporativos. Somente hoje, serão divulgados mais de 20, tendo entre eles balanços de grandes nomes da bolsa, como Suzano (SUZB3), JBS (JBSS3) e B3 (B3SA3).

Reação aos resultados

Antes dos resultados saírem, porém, o mercado deve reagir aos balanços divulgados na última noite. Os principais foram os da RaiaDrogasil (RADL3, veja aqui ), BR Distribuidora (BRDT3, veja aqui ), Marfrig (MRFG3, veja aqui ), C&A (CEAB3, veja aqui ) e Randon (RAPT3).

Marfrig

A maior surpresa foi com os números da Marfrig, que teve lucro líquido de 1,74 bilhão de reais ante o consenso da Bloomberg de 1,23 bilhão de reais. A receita saiu praticamente em linha com as estimativas, em 20,57 bilhão de reais, enquanto a  Ebitda ajustado superou o esperado em quase um terço, ficando em 3,92 bilhões de reais.

Balanços do dia

Entre as mais de 20 empresas que apresentam balanços nesta quarta, estão Aeris (AERI3), Aliansce Sonae (ALSO4), B3, Eletrobras (ELET4/ELET6), Guararapes (GUAR3), Hapvida (HAPV3), Helbor (HBOR3), JBS, MRV (MRVE3), Oi (OIBR3/OIBR4), Simpar (SIMH3), SulAmerica (SULA11), Suzano, Taesa (TAEE11), Via (VVAR3), Ultrapar (UGPA3) e Equatorial (EQTL3).

Banco Inter

Um dos resultados mais aguardados é o do Banco Inter (BIDI11). Principal fintech listada na bolsa, o balanço deve levar investidores a olhar para métricas diferentes das usadas para aliviar bancos tradicionais, como GMV (volume bruto de mercadorias), marketplace, base de clientes, cross-selling e receitas.

Oi

Com a maior quantidade de investidores pessoas físicas da bolsa, a Oi, segundo consenso da Bloomberg, deve apresentar prejuízo líquido de 574 milhões de reais e receita líquida de 4,62 bilhões de reais. No mercado, o preço-alvo médio é de 3,20 reais para as ações preferenciais da companhia, acarretando em um potencial de alta de 75%.

Via

O balanço da Via, ex-Via Varejo, deve apresentar receita líquida de 7,76 bilhões de reais, com o Ebitda ajustado ficando em 555,5 milhões de reais no período. No mercado, o preço alvo-médio para as ações da varejista está em 18,53%, implicando em um upside de 45%.

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