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Commodities impulsionam alta do Ibovespa; PetroRio salta 7%

Petróleo volta a superar 100 dólares, após Rússia negar avanços em negociação com a Ucrânia

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 17 de março de 2022 às 10h37.

Última atualização em 17 de março de 2022 às 14h45.

Ibovespa hoje: a valorização de commodities no exterior volta a puxar a bolsa brasileira para cima nesta quinta-feira, 17. Índices dos Estados Unidos apresentam maior fraqueza, com temores sobre a inflação e a duração da guerra na Ucrânia, enquanto os da Europa fecharam mistos.

Às 14h40:
Ibovespa: + 1,42%, 112.682 pontos
S&P 500 (EUA): + 0,45%
DAX (Alemanha): - 0,43%
CAC 40 (França): + 0,36%

Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, negou as informações do Financial Times (divulgadas na véspera) de que as negociações de cessar-fogo com a Ucrânia tiveram progressos substanciais. Peskov ainda rebateu a acusação do governo americano de que o presidente russo, Vladmir Putin, seria um criminoso de guerra. As conversas entre Ucrânia e Rússia continuam nesta quinta.

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As últimas declarações motivaram novas altas no mercado de petróleo, que voltou a ser negociado acima de 100 dólares por barril. O petróleo brent avança mais de 8% nesta tarde para acima de 106 dólares. Ações do setor acompanham a valorização da commodity. A PetroRio (PRIO3) lidera os ganhos do Ibovespa. Já a Petrobras, sob pressão de interferência por parte do governo de Jair Bolsonaro, opera em queda.

PetroRio (PRIO3): + 7,69%
3R (RRRP3): + 5,12%
Petrobras (PETR4): - 1,40%

A desvalorização da Petrobras, no entanto, é mais do que compensada pelas ações da Vale (VALE3), que sobem pouco mais de 4%, após o minério de ferro fechar em alta nesta madrugada. Expectativas de estímulos para conter os efeitos de novas restrições de mobilidades na China, jogaram os preços para cima, segundo a Reuters. O país atravessa uma explosão de novos casos de covid-19, que voltam ao patamar do início de 2020. Siderúrgicas, também beneficiadas pela apreciação do minério, figuram entre as maiores altas.

Vale (VALE3): + 4,04%
Usiminas (USIM5): . 4,83%
Gerdau (GGBR4): + 4,90%

Ações da MRV, por outro lado, estão na ponta negativa do Ibovespa, mesmo após a incorporadora ter superado as estimativas de mercado em balanço divulgado na última noite. A empresa apresentou 1,9 bilhão de reais em receita líquida ante consenso da Bloomberg de 1,79 bilhão de reais. O lucro líquido aos acionistas ficou em 300 milhões de reais no trimestre, 53,1% acima do registrado no quarto trimestre de 2020.

"A MRV entregou resultado além das expectativas, com forte melhora, tanto anual como trimestral", disse Rodrigo Crespi, analista da Guide, em nota. Segundo o analista, porém, as sinalizações do Comitê de Política Monetária (Copom) de uma nova alta de 100 bps na próxima reunião torna o cenário mais desafiador para as ações da empresa. A elevação da taxa Selic, que foi de 10,75% para 11,75%, tende a ter maior impacto em ações de consumo e de empresas em que as condições de financiamento impactam diretamente nas vendas, como é o caso da construção civil. 

MRV (MRVE3): - 5,17%

Nas maiores quedas ainda estão os papéis da Yduqs, que desabam pelo segundo dia seguido após o resultado trimestral. GOL e Azul, que chegaram a cair mais de 3% pela manhã, pressionadas pela alta do petróleo, reduziram as perdas.

Yduqs (YDUQ3): - 6,95%
Azul (AZUL4):
 - 1,95%
GOL (GOLL4): - 0,89%

Acompanhe tudo sobre:AçõesIbovespa

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