Invest

Ibovespa cai 1,67% em pregão de correção na bolsa após Copom

Bolsas globais passaram por realização de ganhos após rali dos últimos pregões; dólar subiu quase 1%, para R$ 5,57

Painel de cotações na B3: ações de empresas de e-commerce e de bancos têm forte queda nesta quinta-feira | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações na B3: ações de empresas de e-commerce e de bancos têm forte queda nesta quinta-feira | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 9 de dezembro de 2021 às 09h13.

Última atualização em 10 de dezembro de 2021 às 08h35.

O Ibovespa fechou em queda de 1,67% nesta quinta-feira, 9, interrompendo a sequência de cinco pregões em alta. O principal índice da B3 encerrou o dia aos 106.291,24 pontos, em linha com a queda no exterior e em repercussão à sinalização do Banco Central de que poderá subir o juro além do que o mercado projetava em 2022.

Os índices de ações em Nova York também fecharam em queda após um rali nos últimos pregões. Para além da realização, investidores ficaram receosos com as novas medidas de combate à pandemia anunciadas na Europa. No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson recomendou que as pessoas trabalhem de suas casas a partir da próxima segunda-feira, dia 13, e que usem máscaras faciais em locais fechados a partir de amanhã.

  • S&P 500: -0,72%
  • Dow Jones: 0,0%
  • Nasdaq: -1,71%

Veja abaixo o vídeo com o resumo do dia no programa Fechamento de Mercado:

yt thumbnail

Investidores no Brasil também reagiram à sinalização do Banco Central, no comunicado da reunião do Copom ontem à noite, de que poderá ser mais rigoroso na condução da política monetária do que o mercado esperava.

O Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1,5 ponto percentual, que passou de 7,75% para 9,25% ao ano. E sinalizou outra alta na mesma magnitude na próxima reunião, em fevereiro.

Com o sobe e desce do mercado, seu dinheiro não pode ficar exposto. Aprenda como investir melhor

O comunicado divulgado após a decisão foi o que surpreendeu analistas de mercado. Segundo o BC, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance "significativamente em território contracionista" diante do aumento de projeções de inflação e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos.

No campo político, o Congresso promulgou ontem parte da PEC dos Precatórios, o que abre espaço fiscal para o custeio do novo programa social do governo, o Auxílio Brasil. Na próxima semana, serão votados os trechos que tiveram alterações no Senado.

Destaques de ações

As ações dos grandes bancos puxaram a queda do Ibovespa nesta quinta-feira, em dia de estreia das ações do Nubank (NU) na Bolsa de Nova York. As ações do banco digital encerraram o dia com valorização de 14,78%.

  • Itaú Unibanco (ITUB4): -2,68%
  • Bradesco (BBDC4): -2,55%
  • Santander (SANB11): -3,41%
  • Banco do Brasil (BBAS3): -2,23%

Em termos percentuais, no entanto, as maiores quedas ficaram mais uma vez nas ações de varejistas de e-commerce, em um quadro de aumento da competição e perspectivas econômicas negativas com inflação e juros em alta.

  • Lojas Americanas (LAME4): -9,24%
  • Americanas (AMER3): -8,56%
  • Via (VIIA3): -7,11%
  • Magazine Luiza (MGLU3): -7,78% 

O dia também foi de perdas para as ações de empresas de petróleo, na esteira da queda de mais de 2% do contrato futuro do tipo Brent com a retomada das restrições para conter o avanço da pandemia.

  • Petrobras (PETR3): -0,20%
  • Petrobras (PETR4): 0,0%
  • PetroRio (PRIO3): -1,10%

Entre as altas, destaque para os papéis de Gol (GOLL4) e CSNA (CSNA3), com queda de 3,59% e 1,49%, respectivamente.

    Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresIbovespa

    Mais de Invest

    DET (Cadastro no Domicílio Eletrônico Trabalhista): o que é, para que serve e obrigatoriedade

    Corte de juros em setembro? Os pontos do discurso de Powell para entender os próximos passos do Fed

    Triple A: o que é esta avaliação nos investimentos

    Fed mantém taxa de juros entre 5,25% e 5,50% e cita cautela com inflação em comunicado

    Mais na Exame