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Ibovespa fecha em queda puxado por Vale; Usiminas desaba 14% após resultado

Siderúrgica lidera perdas do índice, após lucro encolher 93% no primeiro trimestre

Ibovespa: mercado opera em queda após Focus (Paulo Whitaker/Reuters Internet)

Ibovespa: mercado opera em queda após Focus (Paulo Whitaker/Reuters Internet)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 23 de abril de 2024 às 10h26.

Última atualização em 27 de maio de 2024 às 14h13.

O Ibovespa fechou em queda de 0,34%, aos 125.148 pontos, nesta terça-feira, 23. O movimento foi puxado pelas ações da Vale (VALE3), com um dos maiores pesos do índice, que caiu próximo de 1%, seguindo a desvalorização do minério de ferro no exterior.

Mas o maior destaque negativo da sessão foram as ações da Usiminas (USIM5), que terminaram o fia em queda de 13,9%, com investidores repercutindo negativamente o balanço do primeiro trimestre da companhia. Primeira empresa brasileira a divulgar resultado do período, a siderúrgica reportou um lucro líquido de R$ 36 milhões, 93% inferior em relação ao mesmo período do ano passado.

O mercado já esperava por números mais fracos do setor, dada a queda do minério de ferro no período, mas o resultado saiu ainda pior que o esperado. Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) também estiveram na ponta negativa, com respectivas quedas de 5,88% e 4,48%.

Na ponta oposta, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) liderou as altas, subindo 11,69%. A Fleury (FLRY3), que anunciou uma aquisição em Santa Catarina, subiu 5,07%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,43%, 125,029 pontos.

O destaque do dia foi o Boletim Focus que mostrou a elevação da expectativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal referência da inflação brasileira. O IPCA esperado para 2024 subiu de 3,71% para 3,73%, enquanto para 2025 a projeção subiu de 3,56% para 3,60%.

Além do IPCA, os analistas elevaram pela segunda vez a previsão da Selic para este ano, do Produto Interno Bruto (PIB) e do câmbio. A mediana da Selic para 2024 passou de 9,13% para 9,50%, enquanto as expectativas para o PIB deste ano foram de 1,95% para 2,02%. A mediana das projeções para o dólar avançou em todos os anos da pesquisa: foi de R$ 4,97 para R$ 5,00 em 2024, de R$ 5,00 para R$ 5,05 em 2025, de R$ 5,03 para R$ 5,10 em 2026, e de R$ 5,03 para R$ 5,10 em 2027.

No radar dos investidores ainda estiveram as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou em evento nesta terça que ainda não tem um nome definido para presidir o Banco Central após o fim do mandato do atual presidente Roberto Campos Neto. Lula também voltou a alfinetar o mercado ao dizer que se importa mais com o Brasil do que os investidores.

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