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Ibovespa volta a cair com EUA, China e negociação por arcabouço no radar

Índice registra sua 14ª queda dos últimos 15 pregões; rendimento das treasuries avança

Painel de cotações da B3 (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Publicado em 21 de agosto de 2023 às 10h30.

Última atualização em 21 de agosto de 2023 às 17h20.

Depois de um leve alívio no último pregão, o Ibovespa voltou a cair e registrou a 14ª queda dos últimos 15 pregões. O índice caiu 0,85%, aos 114.429 pontos, pressionado pelo rendimento dos títulos americanos e reagindo também aos estímulos anunciados na China – menores que o esperado. No cenário interno, negociações sobre o arcabouço fiscal também preocupam.

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No cenário externo, a pressão seguiu forte no rendimento dos títulos americanos, as treasuries. A treasury de 10 anos, uma das mais negociadas do mercado de títulos nos Estados Unidos, atingiu o maior rendimento desde 2007 nesta segunda. A pressão vem da expectativa por juros maiores, que vem preocupando os mercados americano e global desde a semana passada.

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"A expectativa de um ambiente de menor pressão nas taxas americanas não se concretizou, continuando a impactar negativamente os ativos de risco mundo afora", comentou Lucas Queiroz, analista do Itaú BBA, em relatório.

Outro fator que vem tirando o sono dos investidores é a dificuldade da recuperação da economia chinesa. Mais cedo, o Banco Central da China anunciou uma redução na taxa de juros para estimular a economia. O estímulo, no entanto, ficou aquém do esperado pelos agentes de mercado.

A taxa básica de referência para empréstimos de um ano foi derrubada na China em 0,10 ponto percentual para 3,45%, enquanto o mercado esperava por um corte para 3,40%. A taxa de cinco anos, referência para empréstimos hipotecários, se manteve inalterada em 4,2% ante projeção de queda para 4,05%.

O movimento foi considerado brando, e causou reações mistas. O minério de ferro subiu 0,91%, para a máxima em três semanas. Por outro lado, o petróleo opera em queda e o efeito sobre as bolsas asiáticas também foi negativo, com os índices de Xangai e Hong Kong fechando em queda nesta madrugada.

"O corte de juros gera algum alívio, mas há um endividamento muito grande público e privado. Então o cenário chinês ainda é complicado", disse Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em morning call.

Internamente, investidores ainda seguiram atentos às negociações para a aprovação do novo arcabouço fiscal. Políticos voltam a se reunir nesta segunda para viabilizar o projeto, e o consenso no mercado é de uma aprovação ainda nesta semana. Qualquer decepção nessa frente, tende a pressionar o mercado de forma negativa.

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O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.

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