Após abrir a sessão em queda, o Ibovespa virou e fechou o último pregão da semana em alta de 0,84% aos 143.398 pontos. Na semana, o principal índice acionário da B3 fechou com avanço de 1,93%.

O dólar fez o movimento inverso: abriu em alta e fechou em queda de 0,69% a R$ 5,405.

O foco da bolsa se dividiu entre Brasil e Estados Unidos. Na última quinta-feira, 16, houve negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre o tarifaço imposto por Washington a produtos brasileiros.

A reunião entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, foi a primeira conversa oficial entre eles depois da aproximação entre os presidentes Lula e Donald Trump.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Vieira, disse que a reunião foi "ótima e produtiva" e que houve avanço nas conversas para um encontro direto entre os presidentes Lula e Donald Trump.

De olho nas tensões entre China e EUA, Trump afirmou que as tarifas elevadas impostas à China não são sustentáveis, às vésperas de uma reunião aguardada com o presidente chinês, Xi Jinping. Ambas as situações podem ter animado o mercado.

No radar hoje

As atenções dos mercados nesta sexta-feira, 17, se voltaram para os Estados Unidos. O presidente americano Donald Trump recebeu hoje o líder ucraniano Volodimir Zelensky na Casa Branca. Na véspera, Trump disse que vai se encontrar com o presidente Vladimir Putin, da Rússia, para retomar as conversas sobre o fim da guerra na Ucrânia.

Ainda nos Estados Unidos, a agenda política segue intensa, com a continuidade dos encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Pela tarde, Alberto Musalem, presidente do Federal Reserve de St. Louis, participou de um evento do Institute of International Finance (IIF), em meio a expectativas sobre os próximos passos da política monetária americana.

Também foi divulgado o número de poços e plataformas em operação, pela Baker Hughes, um termômetro importante para o mercado de energia. Segundo a instituição, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade se mantém em 418 na semana.

No campo institucional do Brasil, o Supremo Tribunal Federal começou a julgar hoje o mérito da ação que discute a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia que empregam mais de 9 milhões de pessoas.

Mercados internacionais

Na Ásia, o pregão foi negativo, com destaque para as quedas do Hang Seng de Hong Kong (-2,48%) e do CSI 300 da China (-2,26%). O Nikkei 225 do Japão recuou 1,48% e o S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,81%. O Kospi da Coreia do Sul encerrou praticamente estável (+0,01%), enquanto os índices indianos Sensex (+0,58%) e Nifty 50 (+0,49%) destoaram com ganhos moderados.

Na Europa, as bolsas reduziram parte das perdas no fechamento desta quinta-feira, 17. O índice Stoxx 600 recuou 0,91%. O DAX, da Alemanha, caiu 1,77%; o FTSE 100, do Reino Unido, recuou 0,90%; e o CAC 40, da França, caiu 0,18%.

Nos Estados Unidos, os índices também mostraram melhora, fechando em alta. O Dow Jones avançou 0,52%, enquanto o S&P 500 subiu 0,53% e o Nasdaq 100 ganhou 0,52%.

Pela manhã, os mercados operavam em queda intensa, pressionados pela piora no sentimento de risco após novas tensões no setor bancário dos Estados Unidos.

Denúncias de fraudes e perdas em bancos regionais reacenderam temores sobre a qualidade de crédito e os impactos potenciais no sistema financeiro, provocando uma onda de vendas em Wall Street e repercussões imediatas na Europa e na Ásia (que se arrefeceram posteriormente): Stoxx 600 (-1,58%), DAX (-2,15%), FTSE 100 (-1,38%), CAC 40 (-0,79%), Nasdaq 100 (-1,20%), S&P 500 (-1,00%) e Dow Jones (-0,74%).