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Ibovespa ganha impulso do Fed e fecha em alta de 0,69%

Com o avanço nas negociações desta quarta, 10, a principal referência acionária voltou aos 159 mil pontos

Painel de cotações da B3  |  Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 18h28.

Última atualização em 10 de dezembro de 2025 às 18h47.

O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, 10, embalado pelo terceiro corte consecutivo de juros nos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed, o banco central do país) reduziu a taxa básica em 0,25 ponto percentual, reforçando o ciclo de afrouxamento monetário. A decisão foi divulgada por volta das 16h e no, mesmo horário, a bolsa brasileira ampliou os ganhos.

A principal referência acionária da B3 subiu 0,69%, aos 159.074 pontos. Dos 82 papéis que compõem o índice, 42 fecharam em alta e 23 estáveis.

As ações da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (CEEB5) lideraram o ranking das maiores altas, com avanço de 13,83%, seguidas pelas da São Martinho (SMTO3), que avançaram 12,27%. Já no campo oposto, das baixas, Fictor Alimentos (FICT3) registrou a maior queda do dia, com perdas de 11,59%.

O corte de juros em 0,25 ponto percentual, que levou a taxa de juros para a faixa de 3,50% a 3,75%, era amplamente esperado pelo mercado, mas mesmo assim impulsionou a bolsa brasileira e os principais índices acionários dos EUA.

No fechamento, o índice Dow Jones teve alta de 1,05%. Já o S&P 500 subiu 0,68%, e o Nasdaq avançou 0,33%, com ganhos em praticamente todos os setores.

As bolsas ganharam fôlego principalmente com as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell. Em coletiva, após a divulgação da decisão, a autoridade monetária disse não acreditar que um aperto monetário seja o cenário-base de ninguém no Fed no momento, o que foi recebido com certo alívio por parte do mercado.

"A decisão de hoje do Fed, que espera mais crescimento, menos inflação e com a volta de injeção de liquidez 'sem limites' é positivo para os mercados, que devem reagir positivamente nos próximos dias", disse Mauricio Garret, chefe da mesa de operações internacionais do Inter.

Já José Áureo Viana, economista, sócio e assessor da Blue3 Investimentos, avalia que para mercados globais, especialmente emergentes como o Brasil, a decisão combina alívio de curto prazo com alerta redobrado no médio.

"Um Fed mais brando tende a reduzir a força do dólar e aliviar parte do custo de capital internacional, mas a perspectiva de pausa limita apostas mais agressivas em risco. Resumindo, o corte veio, mas a mensagem é de prudência e que 2026 será escrito pelo comportamento da economia americana nas próximas semanas, sem nenhuma trajetória cravada até aqui", disse Viana.

No Brasil, o mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) após as 18h, embora as chances de um corte na taxa básica de juros, a Selic, sejam consideradas mínimas.

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