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S&P vê Brasil positivo e dá força para Ibovespa chegar aos 119 mil pontos; dólar cai para R$ 4,807

Índice chegou ao maior patamar desde outubro e moeda americana ficou no menor valor desde abril de 2022

Painel da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel da B3 (Germano Lüders/Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 14 de junho de 2023 às 10h34.

Última atualização em 14 de junho de 2023 às 18h05.

O Ibovespa fechou acima dos 119 mil pontos pela primeira vez desde 21 de outubro do ano passado. Nesta quarta-feira, 14. O índice oscilou entre forte avanço e desaceleração ao longo do dia, refletindo a decisão dos juros nos Estados Unidos, mas voltou a ganhar fôlego no fim do pregão com a elevação da percepção do rating do Brasil de estável para positiva pela agência de classificação de risco S&P dando ânimo extra aos investidores. A nota de crédito, no entanto, foi mantida em BB-, abaixo do grau de investimento.

Os juros futuros recuaram até 32 pontos-base após comunicado da S&P, ajudando especialmente os papéis mais dependentes de crédito e atrelados ao consumo das famílias. Esse contexto também ajudou a valorizar o real ante do dólar. A moeda norte-americana fechou em seu menor patamar desde abril de 2022. A R$ 4,807, com queda de 1,14%.

Na tarde desta quarta-feira, o Federal Reserverve (Fed) decidiu manter a taxa de juros no intervalo entre 5% e 5,25%, atendendo expectativas do mercado e dando uma pausa no aperto monetário. Em coletiva, Jerome Powell, presidente do Banco Central americano, diz que as projeções de desaceleração da inflação se mostraram erradas e que os salários estão "se movendo para baixo, mas bem gradualmente".

"Os indicadores mostram que a economia [americana] cresce moderadamente e inflação ainda segue elevada, mas um ponto que chamou a atenção do mercado negativamente é que a projeção do mercado para a taxa de juros para 2023 subiu", observa Lucas Carvalho, analista-chefe da Toro Investimentos.

Em Nova York, a Dow Jones fechou com queda de 0,68% (33.980,72 pontos), a S&P500 avançou 0,08% (4.372,67) e a Nasdaq, 0,39% (13.626,48).

Ibovespa:

  • IBOV: +1,99%, para 119.069 pontos
  • Dólar comercial: -1,14%, a R$ 4,807

BCE

Enquanto o Fed deu uma pausa na alta de juros, o Banco Central Europeu deve começar a aumentar a sua taxa em mais de 25 pontos-base nessa semana, de acordo com relatório de Fritzi Köhler-Geib, economista-chefe do banco alemão KfW. A decisão do BCE será divulgada na quinta-feira, 15.

Maiores altas

No começo da tarde, as ações das aéreas, que caíram ontem, passaram a subir e liderar as altas.

  • Gol (GOLL4): +11,80%
  • Azul (AZUL4): +8,66%

A operadora de saúde Hapvida (HAPV3) também reportou ganhos de forma acelerada nesta quarta-feira, 14, quando apresentou números e estratégias a investidores no Hapvida Day. A empresa estimou sinergias fiscais de suas integrações acima das estimativas do mercado.

  • HAPV3: +8,31%

A valorização do minério de ferro também impulsionou os papéis do setor. Em Dalian, a commodity fechou com alta de 1,51%, a US$ 112,34 a tonelada.

  • Vale (VALE3): +1,75%
  • Gerdau (GGBR4): 2,54%
  • CSN (CSNA3): 3,54%

Em meio às ofertas pelo controle da petroquímica Braskem (BRKM5), a estratégia da nova direção da Petrobras (PETR3/ PETR4) ficou ainda mais sob os holofotes. Dona de 36% do capital social da fabricante de PVC, a Petrobras informou nesta quarta-feira que está desenvolvendo análises para definição da melhor alternativa de execução do seu plano estratégico 2024-2028.

"No presente momento, a Petrobras está desenvolvendo análises para definição da melhor alternativa de execução de sua estratégia, não havendo qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem"

  • PETR3: +4,30%
  • PETR4: +4,30%

Maiores baixas:

Com mercado em alta, poucos papéis ficaram no vermelho.

  • Cielo (CIEL3): -2,35%
  • CVC (CVCB3): -1,91%
  • Suzano (SUZB3): -0,85%
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