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Galípolo, vendas do varejo nos EUA e Eneva (ENEV3): o que move o mercado

Investidores também acompanham o discurso da diretora do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Adriana Kugler

Radar: Galípolo, cotado para assumir a presidência do BC em 2025, discursa hoje em palestra (Lula Marques/Agência Brasil)
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 16 de julho de 2024 às 08h28.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta terça-feira, 16.Nos Estados Unidos, Nasdaq e S&P500 sobem, enquanto Dow Jones recua no pré-mercado, de olho nos balanços. Na Europa, as bolsas abriram em queda, ampliando perdas do pregão anterior, em meio ao fraco desempenho de ações de mineradoras e do setor de luxo, como a Rio Tinto, em Londres, e a Hugo Boss, em Frankfurt, que amargam perdas nesta manhã.

Na Ásia, os principais índices fecharam majoritariamente em alta. Apesar dos dados fracos do Produto Interno Bruto (PIB) da China, permanece o otimismo de que o Partido Comunista chinês anuncie novos estímulos econômicos em sua reunião que se estende até quinta-feira, 18. Por aqui, após fechar a 11ª sessão consecutiva em alta, o Ibovespa futuro sobe.

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Discurso de Gabriel Galípolo

No cenário doméstico, em dia de agenda mais fraca de indicadores, as atenções se voltam para apalestra do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, a partir das 16h, no Fórum anual de Economia e Cooperativismo de Crédito, promovido pelo Sicredi, em Anápolis. Galípolo tem sido foco do mercado, já que é cotado para substituir Roberto Campos Neto no comando do BC em 2025.

Vendas do varejo nos EUA, falas de dirigente do Fed e balanços

Investidores acompanham hoje a divulgação das vendas no varejo de junho nos Estados Unidos e o discurso da diretora do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Adriana Kugler. Além disso, hoje o Bank of America (BOAC34) e o Morgan Stanley (MSBR34) divulgam seus balanços.

Ontem,o mercado repercutiu o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, positivamente e agora aguarda três cortes consecutivos de 25 pontos-base (bps, na sigla em inglês) em setembro, novembro e dezembro.Powell afirmou que as leituras do segundo trimestre de 2024 deram a eles mais confiança de que a inflação arrefece.

Também disse que não é necessário esperar inflação chegar a 2% para cortar juros, se não “teremos esperado demais”. Entretanto, afirmou que “se cortarmos juros cedo demais, podemos minar o progresso na inflação.” Segundo Powell, o Fed vai observar o mandato de emprego. Caso um inesperado enfraquecimento do emprego aconteça, poderia justificar corte de juros.

Radar corporativo

A Eneva (ENEV3) anunciou, na manhã desta terça-feira por meio de fato relevante,a aquisição de quatro usinas térmicas do BTG Pactual (BPAC11) por R$ 2,9 bilhões e um aumento de capital de até R$ 4,2 bilhões.Essa operação tornará o BTG o maior acionista da empresa e deverá reduzir significativamente a alavancagem da Eneva.

A oferta de ações, totalmente garantida pelo BTG, terá um valor base de R$ 3,2 bilhões, com preço por ação de R$ 14, representando um prêmio de 5,6% sobre o fechamento recente. Caso haja demanda, a Eneva pode vender um lote adicional de ações, arrecadando até R$ 1 bilhão a mais.

Do valor captado, R$ 1,2 bilhão será destinado à compra das usinas Gera Maranhão e Linhares, em dinheiro. Outras duas usinas serão adquiridas mediante emissão de 126 milhões de ações a R$ 14 cada, avaliadas em R$ 1,7 bilhão.

Se o BTG adquirir 70% a 80% da oferta base, sua participação na Eneva aumentará de 38,3% para aproximadamente 48%, incluindo o pagamento em ações pelas usinas. Esse aumento de participação será via Partners Alpha, veículo dos sócios do BTG, que atualmente detém 15% do capital.

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