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Fitch retira rating da Evergrande por falta de informações

A Fitch Ratings tomou essa decisão por causa de falta de informações por parte da Evergrande para realizar a avaliação de risco

Fitch Ratings deixa de fornecer dados do IDR: A construtora China Evergrande Group deixa de participar dos levantamentos fornecidos (Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
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Fernanda Bastos

Publicado em 2 de junho de 2022 às 11h03.

A Fitch Ratings, retirou nesta quinta-feira, 2, o rating da incorporadora gigante chinesa Evergrande.

A Fitch Ratings tomou essa decisão por causa de falta de informações por parte da Evergrande para realizar a avaliação de risco.

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A agência de classificação de risco não fornecerá mais o rating de inadimplência de emissores em moeda estrangeira de longo prazo (IDR, na sigla em inglês)ou cobertura analítica sobrea construtora chinesa, além de suas subsidiárias Hengda Real Estate Group Co, Ltd e Tianji Holding Limited.

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Entenda o caso da Evergrande

A construtora Evergrande foi um dos três principais grupos imobiliários chineses por vendas contratadas presente em toda a China.

A empresa está enfrentando dificuldades para honrar os pagamentos com seus fornecedores e concluir as obras que iniciou.

A gigante do setor de construções se tornou umsímbolo da crise do setor imobiliário da China, que poderia se tornar um problema para todo mundo, caso a bolha do setor imobiliário chinês exploda.

A empresa também somava negócios em outros ramos como veículos finanças, elétricos, saúde e turismo cultural.

O colosso foi declarado oficialmente inadimplente pela primeira vez no começo de dezembro de 2021.

A inadimplência da construtora gigante foi mais um episódio da tragédia financeira que o grupo chinês está vivenciando há meses, e deu início à uma enorme reestruturação de sua dívida.

A Evergrande é a incorporadora imobiliária mais endividada do mundo, com mais de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão) de passivos.

No final do ano passado, a própria Fitch Ratings rebaixou a classificação de risco da Evergrande para “default restrito”.

A decisão foi tomada pela agência de classificação de risco após a construtora não honrar dois pagamentos de cupom após um período de carência.

A Fitch explicou na época que a Evergrande não respondeu ao pedido de confirmação dos pagamentos e presumiu que não foram efetuados.

O downgrade pode desencadear outros calotes na dívida da Evergrande de 19,2 bilhões de dólares.

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