Fitch Ratings deixa de fornecer dados do IDR: A construtora China Evergrande Group deixa de participar dos levantamentos fornecidos (Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
A Fitch Ratings, retirou nesta quinta-feira, 2, o rating da incorporadora gigante chinesa Evergrande.
A Fitch Ratings tomou essa decisão por causa de falta de informações por parte da Evergrande para realizar a avaliação de risco.
A agência de classificação de risco não fornecerá mais o rating de inadimplência de emissores em moeda estrangeira de longo prazo (IDR, na sigla em inglês) ou cobertura analítica sobre a construtora chinesa, além de suas subsidiárias Hengda Real Estate Group Co., Ltd e Tianji Holding Limited.
A construtora Evergrande foi um dos três principais grupos imobiliários chineses por vendas contratadas presente em toda a China.
A empresa está enfrentando dificuldades para honrar os pagamentos com seus fornecedores e concluir as obras que iniciou.
A gigante do setor de construções se tornou um símbolo da crise do setor imobiliário da China, que poderia se tornar um problema para todo mundo, caso a bolha do setor imobiliário chinês exploda.
A empresa também somava negócios em outros ramos como veículos finanças, elétricos, saúde e turismo cultural.
O colosso foi declarado oficialmente inadimplente pela primeira vez no começo de dezembro de 2021.
A inadimplência da construtora gigante foi mais um episódio da tragédia financeira que o grupo chinês está vivenciando há meses, e deu início à uma enorme reestruturação de sua dívida.
A Evergrande é a incorporadora imobiliária mais endividada do mundo, com mais de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão) de passivos.
No final do ano passado, a própria Fitch Ratings rebaixou a classificação de risco da Evergrande para “default restrito”.
A decisão foi tomada pela agência de classificação de risco após a construtora não honrar dois pagamentos de cupom após um período de carência.
A Fitch explicou na época que a Evergrande não respondeu ao pedido de confirmação dos pagamentos e presumiu que não foram efetuados.
O downgrade pode desencadear outros calotes na dívida da Evergrande de 19,2 bilhões de dólares.