Eternit, Oi, Inter e as ações que subiram acima de 100% em 2020
Ações da fabricante de materiais de construção subiram 220% no ano; no Ibovespa, CSN, Weg e Magazine Luiza lideraram os ganhos
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2020 às 07h41.
Última atualização em 29 de dezembro de 2020 às 07h43.
O Ibovespa zerou as perdas do ano provocadas pela pandemia há apenas duas semanas -- e alta até aqui é de apenas 3% --, mas isso não significa que não houve algumas oportunidades de ganhos para quem carregou determinadas ações ao longo de 2020. Onze ações estão a dois dias de encerrar o ano com valorização acima de 100% mesmo em um período tão turbulento e com tanta volatilidade. É o que revela o levantamento das maiores altas do ano, preparadas pela consultoria Economatica para a EXAME Invest .
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Houve de tudo um pouco: de empresas que já vinham entregando resultados consistentes e, portanto, faziam parte do portfólio de muitos investidores pessoa física a outras que se mostraram apostas porque estavam em grave crise. No primeiro grupo estão companhias como a Weg e o Magazine Luiza. No segundo, a Oi, de telecomunicações, e a Eternit.
Coube justamente à tradicional fabricante de telhas a liderança em valorização em 2020: alta de 221%. A Eternit (ETER3), que está em recuperação judicial, deixou o amianto para trás, está fazendo a lição de casa da reestruturação, ampliou o portfólio de produtos -- incluindo telhas fotovoltaicas, com pegada ESG pelo lado ambiental -- e começou a colher os frutos. A previsão é deixar a recuperação judicial em 2021.
No top 10 das ações que mais subiram no ano, apenas 3 fazem parte do Ibovespa: CSN (CSNA3), Weg (WEGE3) e Magazine Luiza (MGLU). Mas, no top 20, o predomínio vem dos papéis com maior volume de negociação: eles são 12 dos 20 com maior valorização.
Empresas que se beneficiaram da valorização de commodities e entregaram bons resultados, como a Vale e a CSN, também estiveram entre as ações com maior alta ao longo de 2020, segundo o levantamento, que considerou como "nota de corte" ter apresentado um volume médio diário de negociação acima de 5 milhões de reais.
Mas não foi um ano apenas com boas notícias e trajetória ininterrupta de valorização. Pelo contrário. Todas as empresas sofreram na bolsa com o início da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, em particular do fim de fevereiro ao fim de março.
"Das dez ações que mais subiram no ano, a da Taurus (TASA4) teve a maior queda no auge da crise do coronavírus: o papel no ano até o dia 23 de março perdeu 61,44%. O segundo papel com maior queda no mesmo período foi o da CSN (CSNA3), com -58,99%. E, ainda assim, conseguiram se recuperar", afirma Einar Rivero, da Economatica.
Veja a seguir o ranking das 20 maiores altas de 2020 até a segunda-feira, 29:
- Eternit (ETER3): +220,94%
- Taurus (TASA4): +159,27%
- Oi (OIBR3): +158,14%
- Oi (OIBR4): +130,89%
- Banco Inter (BIDI3): +129,65%
- Banco Inter (BIDI11): +120,39%
- CSN (CSNA3): +120,23%
- Weg (WEGE): +119,58%
- Banco Inter (BIDI4): +118,44%
- Magazine Luiza (MGLU3): +112,14%
- PetroRio (PRIO3): +101,27%
- Bradespar (BRAP4): +76,12%
- Vale (VALE3): +70,66%
- Usiminas (USIM5): +53,47%
- B3 (B3SA3): +49,10%
- ViaVarejo (VVAR3): +48,52%
- Marfrig (MRFG3): +45,98%
- Suzano (SUZB3): +44,05%
- Klabin (KLBN4): +42,69%
- Localiza (RENT3): +41,75%