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Dados da atividade econômica na China, fiscal, temporada de balanços e o que mais move os mercados

Bolsas asiáticas fecharam em alta, mas mercado europeu ainda está no negativo e índices futuros de NY também recuam

Prédio da B3, bolsa de valores brasileira (Gustavo Scatena/Divulgação)

Prédio da B3, bolsa de valores brasileira (Gustavo Scatena/Divulgação)

Publicado em 15 de março de 2023 às 07h23.

A recuperação demonstrada pelos bancos americanos ontem com a perspectiva de um efeito limitado da crise do Sillicon Valley Bank (SVB) animou os mercados asiáticos, que também receberam bem os números da atividade econômica chinesa nos primeiros dois meses de 2023. As bolsas da Coreia e de Hong Kong subiram 1,31% e 1,52%, respectivamente.

Na Europa, onde o mercado está aberto, e nos índices futuros de Nova York o desempenho dos índices asiáticos não soou efeito. Os principais índices europeus seguem no campo negativo, especialmente pelos papéis dos bancos, como o Credit Suisse, que caía cerca de 10% nas primeiras horas desta manhã. Hoje o mercado da Europa opera olhando para a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que deve decidir amanhã a trajetória dos juros.

Por aqui, o mercado não tem indicadores econômicos, mas segue acompanhando os balanços das empresas e na expectativa por novidades sobre o novo arcabouço fiscal do governo Lula que irá substituir o teto de gastos.

Desempenho dos indicadores por volta das 7h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): -0,84%
  • S&P 500 futuro (Nova York): -0,81%
  • Nasdaq futuro (Nova York): -0,67%
  • DAX (Frankfurt): - 1,07%
  • CAC 40 (Paris): - 1,62%%
  • FTSE 100 (Londres): - 1,24%
  • Stoxx 600 (Europa): - 1,33%
  • Hang Seng (Hong Kong):  +1,52%

A retomada gradual da China pós-covid

Os números da atividade econômica na China em janeiro e fevereiro, divulgados na noite de ontem (horário de Brasília), mostram que o país está em retomada gradual após a covid-19, para a qual o governo impôs uma política de controle bastante restrititva.

A produção industrial no período de janeiro a fevereiro foi 2,4% maior do que no ano anterior, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). Em dezembro, o número apontava um avanço de 1,3%, o que indica uma aceleração da atividade.

As vendas no varejo nos primeiros dois meses de 2023 saltaram 3,5% na comparação com mesmo período do ano anterior, revertendo a queda anual de 1,8% registrada em dezembro.

Dados da economia nos EUA

Depois dos dados da inflação (CPI, na sigla em inglês) virem em linha com o esperado, os investidores olham agora para os números do varejo e da produção industrial, previstos para serem divulgados nesta manhã.

Essa composição de indicadores deve ajudar na análise de qual deve sera decisão sobre os juros na próxima semana, quando há reunião.

Novo arcabouço fiscal

O mercado continua atento às novidades sobre o novo arcabouço fiscal do governo Lula que irá substituir o teto de gastos. A nova regra é considerada um dos pontos necessários para que o Copom corte a taxa de juros na decisão da próxima semana. A proposta foi apresentada ontem ao vice-presidente Geraldo Alckmin e, segundo o ministro da Fazenda Fernando Haddad, o arcabouço deve ser validado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta semana.

Na terça-feira, 14, o Senado aprovou requerimento para uma sessão de debates com o tema "juros, inflação e crescimento". Além de convidar economistas, acadêmicos e presidentes de confederações setoriais, os senadores esperam apresentações do mnistro da Fazenda, Haddad, da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Veja também

Balanços: Yduqs, Mater Dei e Mitre

A temporada de balanços do quarto trimestre conta com seis balanços nesta quarta-feira. Veja a lista:

  • d1000 (DMVF3)
  • Mater Dei  (MATD3)
  • Mitre Realty (MTRE3)
  • Profarma (PFRM3)
  • Rossi Residencial (RSID3)
  • Yduqs (YDUQ3)

Como o Ibovespa fechou ontem?

O Ibovespa caiu 0,2% nesta terça-feira, 14, em dia de ganhos nos Estados Unidos. A bolsa local não conseguiu acompanhar o mercado americano, que passou por recuperação após a crise causada pelo Silicon Valley Bank (SVB). O índice foi pressionado pelas incertezas no cenário local e pela queda nas ações da Petrobras (PETR4).

 

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