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Remy Sharp
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O Ibovespa caiu nesta terça-feira, 14, em dia de ganhos nos Estados Unidos. A bolsa local não conseguiu acompanhar o mercado americano, que passou por recuperação após a crise causada pelo Silicon Valley Bank (SVB). O índice foi pressionado pelas incertezas no cenário local e pela queda nas ações da Petrobras (PETR4).

Ibovespa hoje

  • IBOV:  - 0,18%, para 102.932 pontos

Incertezas com novo arcabouço fiscal

Embora o clima nos EUA seja de recuperação, por aqui o temor com a trajetória dos juros americanos se misturou às expectativas com a Selic. Os investidores seguem acompanhando as discussões sobre o novo arcabouço fiscal – considerado um dos pontos necessários para que o Copom corte a taxa de juros na decisão da próxima semana

Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou o desenho da nova regra ao vice-presidente Geraldo Alckmin. A equipe econômica tem afirmado que o novo arcabouço fiscal vai agradar a todos, inclusive ao mercado financeiro porque atende tanto o lado da preocupação em zerar o déficit fiscal e estabilizar a relação dívida/PIB, quanto garantir os investimentos necessários para o país voltar a crescer.

Haddad disse que a proposta será validada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta semana. A nova regra fiscal irá substituir o teto de gastos criado em 2016, na gestão Temer, que previa um limite anual para as despesas do governo.

Veja também

Queda do petróleo derruba Petrobras

O petróleo continua sendo penalizado no mercado internacional, com investidores projetando uma queda de demanda. O motivo é a falência do SVB, que alimentou rumores de recessão na maior economia do mundo. 

O petróleo Brent, referência para os papéis da Petrobras, caiu 4,01% nesta segunda-feira. As ações da estatal acompanharam e tiveram queda próxima de 2%, pressionando negativamente o Ibovespa. 

  • Petrobras (PETR3): - 1,78%
  • Petrobras (PETR4): - 1,78%

Wall Street se recupera

Depois de três dias de pânico nas bolsas, a leitura atual no mercado dos Estados Unidos é que o risco de contágio para os demais bancos foi minimizado por enquanto. Com isso, as bolsas americanas experimentam um dia de alívio, com os índices subindo até 2%.

E embora o risco pareça estar sob controle, investidores apostam que o susto deve ser o suficiente para que a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) seja menos dura.

Avaliando os efeitos para a economia, analistas estimam que o Fed pode segurar o ritmo de alta de juros na próxima decisão, que será tomada no dia 22. Grande parte do mercado estimava uma elevação de 0,5 ponto percentual nos juros americanos na próxima decisão. 

Depois da crise no SVB, no entanto, as perspectivas agora apontam 70% de chance de alta de apenas 0,25 p.p, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group. Os outros 30% esperam manutenção da taxa, algo que estava fora do radar antes do estouro da crise.

As previsões se mantiveram mesmo após a divulgação de dados da inflação americana. Hoje pela manhã foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,4% em fevereiro na comparação com janeiro, segundo dados com ajuste sazonal pelo Departamento do Trabalho americano. A inflação do mês ficou dentro do estimado pelos analistas, mas o núcleo subiu 0,5%, ante estimativa de 0,4%.

Veja também

Maiores quedas do Ibovespa hoje

Na bolsa, o índice foi pressionado negativamente pelos papéis da Natura (NTCO3), que desabaram quase 18% depois de apresentar os resultados do quarto trimestre. A receita líquida da empresa caiu 11% na comparação anual e a alta alavancagem chamou a atenção dos analistas. Vale lembrar que, em cenário de juros altos, as empresas que não conseguem controlar suas dívidas são mais penalizadas.

  • Natura (NTCO3): - 17,49%
  • CVC (CVCB3): - 7,89%
  • Rede D’Or (RDOR3): - 5,07%

Maiores altas do Ibovespa hoje

Na ponta positiva, Embraer (EMBR3) liderou os ganhos e é seguida por Raízen (RAIZ4). A 3R (RRRP3), que ficou entre as maiores quedas ontem, hoje se recuperou mesmo com a queda do petróleo.

Novo horário de funcionamento da B3

Com o início do horário de verão nos Estados Unidos, a B3 comunicou que desde segunda-feira, 13 de março, os horários de negociação dos mercados de bolsa e balcão organizado administrados pela B3 serão alterados. O pregão voltou a ter uma hora a menos de negociação, encerrando às 17h – seu horário tradicional.

Dessa maneira, o horário de negociação no mercado à vista começará às 10h e encerra às 16h55. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-makert será entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro serão entre 9h e 17h55.

A mudança ocorre para adequar o horário da B3 ao funcionamento das bolsas americanas em Wall Street. Por lá, o horário de negociações passa a ser entre 10h30 e 17h (no horário de Brasília).

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