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Dólar fecha acima de R$ 2,42 refletindo relatório do Fed

Ao término da negociação, o dólar subiu 0,83% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,4230, no maior patamar do dia


	Dólar: operadores do mercado disseram que fortalecimento da moeda à tarde foi resultado de preocupações com dificuldades do setor energético brasileiro
 (Getty Images)

Dólar: operadores do mercado disseram que fortalecimento da moeda à tarde foi resultado de preocupações com dificuldades do setor energético brasileiro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 16h17.

São Paulo - O dólar fechou a sessão desta quarta-feira, 12, em alta, ainda refletindo o relatório do Federal Reserve (Fed) que apontou, nesta terça-feira, 11, o Brasil entre os mais vulneráveis e a sinalização da nova presidente da instituição, Janet Yellen, de que o corte gradual dos estímulos à economia americana será mantido.

A moeda também foi impulsionada pelas preocupações com o setor de energia diante da estiagem no país. A questão energética, aliada a um movimento técnico e à alta do dólar, conduziu durante todo o dia o desempenho dos juros, que terminaram com avanço.

Ao término da negociação, o dólar subiu 0,83% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,4230, no maior patamar do dia. O giro de negócios no mercado à vista de câmbio estava em torno de US$ 1,146 bilhão por volta das 16h30, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar avançava 0,83%, a R$ 2,4330. O volume de negociação estava próximo de US$ 14 bilhões.

O dólar chegou a reduzir pontualmente a alta no mercado de balcão no início da tarde, depois de dados mostrarem que o fluxo cambial ficou positivo em US$ 46 milhões na primeira semana de fevereiro. O Banco Central informou que o resultado da conta cambial decorreu de entradas financeiras de US$ 1,467 bilhão menos o saldo comercial negativo em US$ 1,421 bilhão.

No entanto, nas últimas hora do pregão, o dólar acelerou os ganhos e renovou máximas consecutivas.

Operadores do mercado disseram que o fortalecimento da moeda à tarde foi resultado das preocupações com as dificuldades do setor energético brasileiro, que aprofundam as vulnerabilidades do país destacadas ontem pelo relatório do Federal Reserve (Fed).

Além disso, as declarações da nova presidente do Fed, Janet Yellen, na terça-feira, de que o ritmo do corte do programa de compras de ativos do bancos será mantido, continuaram a beneficiar o dólar hoje.

Segundo um gerente de câmbio de uma corretora, uma eventual crise energética no País elevaria custos de produção de energia através de termoelétricas, que poderia resultar em aumento de tarifas ao consumidor (de cerca de 4,6%), o que certamente adicionaria pressão sobre a inflação.

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