Invest

Credit Suisse revisa previsão de Selic para 8,25%

Com projeção de IPCA superior a 7% no fim deste ano, Banco prevê mais três altas de 1 ponto percentual

Credit Suisse: banco revisa estimativa de Selic de 7,25% para 8,25% | Foto: Stefan Wermuth/Bloomberg (Stefan Wermuth/Bloomberg)

Credit Suisse: banco revisa estimativa de Selic de 7,25% para 8,25% | Foto: Stefan Wermuth/Bloomberg (Stefan Wermuth/Bloomberg)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 5 de agosto de 2021 às 08h13.

Última atualização em 5 de agosto de 2021 às 08h14.

O Credit Suisse revisou suas estimativas de Selic para o fim deste ano, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter elevado a taxa Selic de 4,25% para 5,25% em decisão de quarta-feira, 4, seguida por um comunicado, segundo o banco, mais contracionista do que o esperado. A expectativa do banco suíço é de que a Selic suba para 8,25% ao ano até o fim de 2021. A estimativa anterior era de Selic a 7,25%.

Segundo o Credit Suisse, o Copom deve repetir a dose de 1 ponto percentual de alta nas próximas três reuniões. De acordo com o comunicado, o próprio "Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude". Caso as projeções se concretizem, a taxa Selic poderia chegar a 6,25% ao ano em setembro.

"O documento confirma uma visão mais cautelosa em relação à inflação, retirando a avaliação de que a inflação é temporária e enfatizando que a inflação está generalizada e que o atual patamar de inflação pode afetar as expectativas de inflação", ressalta o Credit Suisse em relatório.

Em seu comunicado, o Copom classificou a inflação ao consumidor como "persistente" e que os últimos indicadores mostram uma composição mais "desfavorável". "Destacam-se a surpresa com (...) inflação de serviços e a continuidade da pressão sobre bens industriais." O Comitê também cita a alta de preços dos alimentos e da conta de energia como "fatores [que] acarretam revisão significativa das projeções de curto prazo."

Apesar da mudança de tom por parte do BC, em relatório, o Credit Suisse diz que sua avaliação sobre a inflação tem sido "muito menos benigna que a do Banco Central". A estimativa do Credit Suisse é de que o IPCA termine o ano em 7,2% e em 4,2% em 2022, o Credit Suisse. A meta de inflação para 2022 é de 3,5%.

Esteja sempre informado sobre as notícias que movem o mercado. Assine a EXAME

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomCredit SuisseInflaçãoSelic

Mais de Invest

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio