Invest

BTG Pactual (BPAC11) muda carteira de BDRs e inclui Thermo Fisher (TMOS34)

No mês passado, a carteira de BDRs do BTG Pactual teve um retorno positivo de 6,6%

BTG Pactual (BPAC11) (Thinkstock/denphumi/Exame)

BTG Pactual (BPAC11) (Thinkstock/denphumi/Exame)

O BTG Pactual (BPAC11) modificou a carteira recomendada de BDRs para o mês de agosto.

Na carteira do BTG Pactual foi realizada uma única alteração: saiu o BDR da Kinder Morgan (KMIC34) e entrou a Thermo Fisher (TMOS34).

Segundo Bernardo Carneiro, Bruno Lima e Arthur Mota, analistas do maior banco de investimento da América Latina, a retirada da Kinder Morgan foi motivada pela redução do overweight no setor de energia.

"Embora seja uma transportadora e armazenadora de GNL e produtos petroquímicos, uma parte substancial da sua receita está correlacionada com o preço do barril do petróleo, que perdeu ímpeto nas últimas semanas devido aos temores de recessão econômica global", escreveram os analistas do BTG Pactual.

Entretanto, mesmo com a retirada da Kinder Morgan, a carteira de BDRs do BTG Pactual mantém a exposição ao setor através da Occidental Petroleum (OXYP34).

A entrada da Thermo Fisher aumenta a exposição da carteira de BRDs ao setor de saúde e biotecnologia.

A empresa atua no segmento de soluções de ciências da vida, produtos e serviços de laboratórios e biofarmacêuticos, sendo a líder global nos seus principais mercados de atuação e com operações em mais de 50 países.

Segundo o BTG Pactual, "o valor que a empresa agrega a seus clientes está principalmente no desenvolvimento e avanço de terapias e medicamentos inovadores [exemplos: medicina de alta precisão em terapias de cânceres específicos e terapias genéticas para a cura de cegueira de nascença e anemias falciforme]".

Para os analistas do banco de investimento, a empresa negocia a um múltiplo preço/lucro estimado para 2022 de 26 vezes, um desconto de 3% para os pares do setor (Danaher Corporation e Agilent Technologies) e um prêmio de 8% para sua média de dois anos.

Rentabilidade da carteira de BDRs do BTG Pactual (BPAC11)

No mês passado, a carteira de BDRs do BTG Pactual teve um retorno positivo de 6,6%, performando um pouco abaixo do BDRX, que subiu 7,6% em julho.

O destaque positivo da carteira foi o BDR da Apple, que subiu 18%.

Do lado negativo, o BDR da Johnson & Johnson foi a única queda, -3%.

O dólar reverteu o movimento de apreciação visto nos últimos meses e depreciou-se em relação ao Real, caindo 1,7% no mês, prejudicando a rentabilidade dos investimentos denominados na moeda estrangeira.

Uma parte do desempenho da carteira e do BDRX tem sido explicada pela taxa de câmbio. No acumulado desde o seu lançamento, em 14 de julho de 2021, a carteira recomendada de BDRs teve queda de 4,1% até o dia 29 de julho, comparado com a queda de 9,1% do BDRX (geramos alfa de 500 bps) e alta de 2,0% do dólar em relação ao real.

O Ibovespa, neste período, cai 20%. A volatilidade da carteira, anualizada, medida desde o início, está em 21%, comparada com uma vol de 21% do BDRX e de 20% do IVVB11.

Acompanhe tudo sobre:BDRCarteira recomendada

Mais de Invest

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio