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BTG eleva preço-alvo da JBS e vê janela de oportunidade para compra do papel

Ainda que investidores evitem incerteza, possível venda de ações detidas pelo BNDES pode ser ponto de entrada atraente, segundo o banco

JBS: forte geração de caixa sugere que risco de queda das ações é limitado (JBS/Divulgação)

JBS: forte geração de caixa sugere que risco de queda das ações é limitado (JBS/Divulgação)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 2 de outubro de 2024 às 11h06.

As oportunidades não esperam. Por isso o time do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) revisou para cima sua tese sobre JBS e reiterou a recomendação de compra do papel, elevando o preço-alvo de R$ 47 para R$ 48 (um prêmio de 48% sobre o último fechamento).

"A JBS permanece a melhor relação risco-recompensa e nossa única ação com recomendação de compra no setor de proteínas", diz o relatório do BTG distribuído na noite de terça-feira, 1.

As notícias mais recentes apontam que o BNDES pode vender uma parte significativa de sua participação na JBS, o que tem criado uma pressão considerável sobre as ações da empresa. Mas os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla acreditam que "este não é um caso em que o timing é tudo".

Ainda que os participantes do mercado geralmente evitem incerteza, às vezes ela pode apresentar oportunidades, argumentam os analistas do BTG. "Neste caso, acreditamos que a pressão sobre as ações seja um dos principais fatores por trás do desempenho recente abaixo do esperado da JBS, potencialmente criando um ponto de entrada atraente."

A equipe revisou a projeção de Ebitda de R$ 35 bilhões para 2024, refletindo as melhores expectativas para os negócios de aves (Pilgrim's Pride e Seara).

A principal questão agora é: qual é o risco de queda? Para os Duarte e Guttilla, a forte geração de caixa da JBS sugere que, mesmo que a pressão afete o desempenho das ações no curto prazo, o risco de queda parece limitado, e o potencial de retorno da empresa continua atraente. Além disso, a empresa segue retornando parte de seu fluxo de caixa aos acionistas, com dividendos gordos e o recente plano de recompra de ações -- isso sem deixar a história da desalavancagem de lado.

"É tudo sobre risco-recompensa: 'Compre ao som dos canhões, venda ao som das trombetas'", conclui o banco.

Ações sobem 2,71%, para R$ 33,30. Valor de mercado da companhia é de R$ 74,28 bilhões.

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