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Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com tensões e dirigentes de BCs no radar

Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,11%, a 499 16 pontos

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 19 de abril de 2024 às 13h36.

As bolsas da Europa fecharam sem sinal único hoje, em uma sessão que começou com aversão a riscos por conta das tensões no Oriente Médio, mas que foi abandonando a cautela aos poucos, na medida em que prevaleceu a visão de que uma eventual escalada do conflito seria contida.

Além disso, houve a declaração de dirigentes de bancos centrais da região, com destaque para a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que falou sobre corte de juros diante do processo de desinflação.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,11%, a 499 16 pontos. Em Paris, o CAC 40 caiu 0,01%, a 8.022,41 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 0,51%, a pontos. Em Madri, o Ibex 35 recuou 0,33%, a 10.729,50 pontos.

Lagarde afirmou que a instituição poderá cortar juros à frente, se ampliar a confiança de que a inflação converge à meta de 2% na zona do euro. De qualquer forma, ela reforçou o compromisso da entidade em seguir guiada pela evolução dos dados econômicos. "O Conselho não está pré-comprometido com uma trajetória particular para a taxa", afirmou. Outro dirigente do BCE, Edward Scicluna avaliou que junho é o mês "mais provável" em que o comando do BCE concordará em começar a cortar os juros. Segundo ele, não há motivo para manter as taxas nos níveis atuais, já que a inflação caminha para a meta de 2%.

O dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) Dave Ramsden expressou ter ficado menos preocupado com progresso na inflação no Reino Unido nos últimos meses. Ramsden contou que temia, durante boa parte de 2023, que a economia britânica estivesse descolada dos EUA e zona do euro em termos de desinflação. Agora, porém, ele disse que o Reino Unido se parece mais como um player "atrasado". Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,24%, a 7.895,85 pontos.

Na agenda de indicadores, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha recuou 2,9% em março, na comparação anual, quando analistas ouvidos pela FactSet previam baixa de 3,0%. A Reuters ainda reportou, a partir de fonte, que o governo da Alemanha elevaria levemente a projeção de crescimento do país neste ano e cortaria a de inflação, em suas projeções atualizadas que saem na próxima semana. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,53%, a 17.742,36 pontos. No Reino Unido, as vendas no varejo ficaram estagnadas em março ante fevereiro, enquanto analistas projetavam alta de 0,5%.

Segundo a Reuters, o BCE está prestes a emitir uma ordem vinculativa ao UniCredit da Itália para cortar seus negócios na Rússia, seguindo uma abordagem semelhante à aplicada ao Raiffeisen Bank International da Áustria. Isso reflete a pressão crescente sobre os bancos europeus para diminuir suas operações financeiras com Moscou devido à persistência do conflito na Ucrânia. Em Milão, a ação do Unicredit avançou 0,56%, enquanto o FTSE MIB subiu 0,12%, a 33.922,16 pontos.

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