Invest

Boletim Focus, queda do minério de ferro, payroll, Livro Bege e PMIs: o que move o mercado

As sessões serão marcadas por menor liquidez com o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos

Radar: Ibovespa pode ser afetado por forte desvalorização do minério de ferro (CFOTO/Future Publishing/Getty Images)

Radar: Ibovespa pode ser afetado por forte desvalorização do minério de ferro (CFOTO/Future Publishing/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 2 de setembro de 2024 às 08h34.

Última atualização em 2 de setembro de 2024 às 08h37.

Os mercados internacionais operam majoritariamente em campo negativo nesta segunda-feira, 2. O dia promete ser de menor liquidez com o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. Na Europa, sem a referência de Nova York, as bolsas operam em queda, com investidores avaliando dados da atividade industrial divulgados hoje na zona do euro, Reino Unido e Alemanha.

Em Wall Streeet, os índices futuros caem. Na Ásia, as bolsas encerraram o primeiro pregão do mês sem direção única, com o mercado também repercutindo dados da atividade industrial que vieram menor do que o esperado em agosto.

Boletim Focus

Investidores também repercutem a divulgação do Boletim Focus, que aumentou a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024: de 4,25% para 4,26%. Essa foi a sexta alta seguida. O IPCA para 2025 também passou por uma revisão, mas para baixo, de 3,93% para 3,92%. As medianas da inflação para 2026 e 2027 não foram modificadas, ficando em 3,60% e 3,50%, respectivamente.

O BC manteve a Selic de todos os anos em 10,50% (2024), 10% (2025), 9,50 (2026) e 9% (2027). A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano subiu de 2,43% para 2,46%, enquanto a de 2025 caiu de 1,86% para 1,85%. Já as projeções de 2026 e 2027 ficaram estáveis em 2%.

Por fim, as projeções do câmbio para 2024, 2026 e 2027 subiram de R$ 5,32 para R$ 5,33 (2024); de R$ 5,25 para R$ 5,28 (2026); e de R$ 5,27 para R$ 5,30. Já a de 2025 se manteve R$ 5,30.

Queda do minério de ferro

O Ibovespa hoje pode ser impactado pela queda do minério de ferro lá fora. A commodity encerrou suas negociações na bolsa de Dalian, na China, com forte queda de 4,36% cotado a US$ 101,76 por tonelada. Já em Singapura, o minério afundou 4% para US$ 96,65.

A desvalorização ocorre na esteira de dados das fábricas na China que mostraram a quarta contração mensal seguida.O número de vendas de casas também indicou piora do cenário de propriedades residenciais, o que puxa a commodity para baixo.

Na semana

A semana é marcada pela divulgação de indicadores importantes e documentos tanto no Brasil, como nos Estados Unidos. Na sexta-feira, 5, o mercado acompanha o payroll (relatório de empregos não-agrícolas), métrica favorita do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para medir o termômetro do mercado de trabalho por lá.

Antes disso, na quarta-feira, 4, há a divulgação do Livro Bege, documento do Fed que aponta as perspectivas econômicas do país.

No cenário local, as atenções se voltam para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2024, na terça-feira, 3. A expectativa do Bradesco é de alta de 1% na comparação trimestral, enquanto o Itaú projeta um crescimento de 2,8% na comparação anual.

PMIs

Destaque para a divulgação dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs) no Brasil. Hoje, o S&P Global divulga o PMI de fabricação de agosto (o anterior veio em 54). Na quarta-feira, há a divulgação do PMI composto de agosto do Brasil (10h), da Alemanha (4h55), do Reino Unido (5h) e da zona do euro (5h30). No dia seguinte, é a vez dos EUA publicar seu PMI composto de agosto.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresMinério de ferroPMI – Purchasing Managers’ IndexPayrollPIBBoletim Focus

Mais de Invest

Lucro do Itaú alcança R$ 10,6 bilhões no 3º trimestre e tem alta de 18,1%

O "grande risco" para o mercado em um eventual governo Trump, segundo Paulo Miguel, da Julius Baer

BC lança Pix por aproximação a partir da carteira digital do Google; veja como vai funcionar

Petrobras volta à carteira do BTG Pactual com foco em possível aumento de dividendos