"É uma demonstração de que o governo quer cada vez mais a régua para cima e não flexibilizar", disse Edemir Pinto da BM&FBovespa (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 12h52.
São Paulo - O diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, elogiou hoje a criação de um grupo técnico formado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central (BC) e Ministério da Fazenda para avaliar e acompanhar o mercado de derivativos.
"É uma demonstração de que o governo quer cada vez mais a régua para cima e não flexibilizar. O governo não dará um passo para traz, mas dois para a frente", disse. "O objetivo deste grupo é dar segurança aos mercados e, principalmente, às operações. É importante ver o governo preocupado. E ele pode convocar a iniciativa privada", analisou Edemir.
A criação desse grupo técnico foi publicada hoje no Diário Oficial. O objetivo é avaliar e propor medidas para o crescimento equilibrado do mercado de derivativos. O grupo vai monitorar a evolução das exposições financeiras de empresas e instituições participantes do mercado de derivativos e realizar estudos para maior eficiência e segurança nessas operações.
Trilha sonora
Edemir também disse que a criação da bolsa de derivativos é "música para os seus ouvidos" e que a companhia está disposta a trabalhar junto com o governo para desenvolver o mercado de agronegócio no Brasil. "Há um grande potencial, mas este setor necessita de políticas públicas de incentivo", observou ele, em conversa com investidores e analistas na manhã de hoje para comentar os resultados da BM&FBovespa em 2011. Ele voltou a falar que a criação da bolsa de derivativos "pegou" não só ele, mas todo o mercado de surpresa. Atualmente, o governo está fazendo estudos para a criação de uma nova bolsa de derivativos para commodities.