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Repórter colaborador
Publicado em 25 de abril de 2024 às 06h21.
Última atualização em 25 de abril de 2024 às 07h56.
Maior empresa de mineração do mundo, a BHP fez uma proposta de US$ 39 bilhões pela rival Anglo American, num movimento que pode provocar a maior mudança no setor em mais de uma década. A união das duas gigantes criaria a maior mineradora do mundo. As ações da Anglo American subiam 12% na manhã desta quinta-feira.
Segundo informações da Bloomberg, a Anglo American, que tem um valor de mercado de 27 bilhões de euros (US$ 34 bilhões), disse na quarta-feira que havia recebido uma proposta de fusão de todas as ações. A iniciativa da BHP também está condicionada à cisão da participação da Anglo em unidades de platina e minério de ferro na África do Sul.
Se for bem-sucedida, a transação marcará o retorno da BHP às negociações grandes, que reavivou seu apetite por aquisições nos últimos dois anos sob o comando do CEO Mike Henry.
No último ano, as ações da Anglo tiveram um desempenho inferior ao de seus rivais, inclusive de seu concorrente anglo-australiano. A BHP, que é negociada em Londres e Sydney, tem um valor de mercado de cerca de US$ 149 bilhões.Ainda de acordo com a Bloomberg, há muito tempo a Anglo American é vista como um alvo em potencial entre as maiores mineradoras, especialmente porque possui grandes operações de cobre na América do Sul em um momento em que a maior parte do setor está ansiosa para aumentar as reservas e a produção. No entanto, os pretendentes foram desencorajados por sua estrutura complicada e por sua combinação de commodities e, especialmente, por sua grande exposição na África do Sul.
A Anglo enfrentou uma série de grandes contratempos no ano passado, com a queda dos preços de alguns de seus principais produtos, enquanto as dificuldades operacionais forçaram a empresa a reduzir suas metas de produção, o que reduziu sua avaliação entre os investidores.
Uma aquisição bem-sucedida representaria o primeiro mega acordo entre as maiores mineradoras do mundo em mais de uma década. A BHP e suas maiores rivais passaram anos à margem após uma série de transações desastrosas, mas se animaram com a perspectiva de novos negócios depois de garantir aos investidores que aprenderam com os erros do passado.