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Banco do Brasil (BBAS3) tem alta de 55% no lucro líquido, que chega a R$ 7,8 bi

Resultado ficou acima da média das projeções dos analistas que esperavam resultado de R$ 6,3 bi

(Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)
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Beatriz Quesada

Publicado em 10 de agosto de 2022 às 19h10.

Última atualização em 11 de agosto de 2022 às 12h59.

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou nesta quarta-feira, 10, seu balanço do segundo trimestre, com alta de 54,8% no lucro líquido, que chegou a R$ 7,803 bilhões.

O resultado ficou acima das médias das projeções dos analistas consultados pela Bloomberg, que estimavam alta de 25% no lucro, para R$ 6,299 bilhões.

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A receita com prestação de serviços foi de R$ 7,847 bilhões, crescimento de 4,3% na comparação com o trimestre anterior, influenciada, principalmente, pelos desempenhos das receitas de administração de fundos, com alta de 8,7%, e de operações de crédito, com ganhos de 26%.

A  margem financeira bruta, que mede os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 17,056 bilhões – alta de 18,9% em um ano. Segundo o banco, o resultado foi impulsionado pelo crescimento dos ganhos com operações de crédito e com tesouraria.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do segundo trimestre alcançou 20,6%, o que, posiciona o banco estatal no patamar dos pares privados. Com o resultado do trimestre, ultrapassou o Bradesco (BBDC4) , que registrou ROE de 18,8%, e ficou pouco atrás de Santander (SANB11) e Itaú (ITUB4) , com retorno de 20,8%.

Segundo o banco, o resultado final foi influenciado pelo aumento na margem financeira bruta, pela diversificação das receitas com serviços e pela disciplina na gestão de despesas.

“A elevação sustentável e saudável do crédito é um dos pilares do resultado apresentado, em todos os segmentos. O Banco do Brasil permanece com índice de inadimplência acima de 90 dias menor do que a média do Sistema Financeiro Nacional e mantém nível de cobertura robusto, também acima da Indústria (271%)”, afirmou o banco em comentários do resultado.

A margem com crédito foi de R$ 26,196 bilhões, 45% maior que no mesmo intervalo de 2021, e 9,6% maior em três meses, diante do repasse da alta da taxa Selic aos empréstimos, tendência que tem sido seguida por todos os bancos.

O resultado da tesouraria, por sua vez, foi de R$ 7,453 bilhões, alta de 136,2% em um ano, e alta de 27,2% em um trimestre. De acordo com o banco, o ganho veio com o incremento da carteira de títulos de renda fixa. A tesouraria do BB tem sensibilidade positiva ao aumento dos juros, tendência oposta a que se observa em outros bancos, que tiveram perdas na tesouraria no trimestre.

As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) atingiram R$ 2,93 bilhões, alta de 2,3% na comparação anual e de 6,5% frente ao trimestre passado. A inadimplência foi de 2% em junho, pouco acima do resultado de 1,86% no mesmo período do ano passado.

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Revisão das projeções

O Banco do Brasil revisou para cima sua projeção (guidance) para 2022. A projeção de lucro líquido ajustado avançou do intervalo de R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões para o de R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões.

Já a estimativa para a margem financeira bruta saiu de alta de 11% a 15% para crescimento de 13% a 17%.

A previsão para a carteira de crédito passou de crescimento de 8% a 12% para aumento de 12% a 16%.

A projeção para a receita de prestação de serviços passou de crescimento de 4% a 8% para expansão de 6% a 9%. Já a previsão para as despesas administrativas foi mantida em alta de 4% a 8%.

Por fim, a projeção para as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) passou de R$ 13 bilhões a R$ 16 bilhões para R$ 14 bilhões a R$ 17 bilhões.

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