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Balanço do Itaú (ITUB4): analistas projetam alta de 15% no lucro, saiba o que esperar

Maior banco privado do Brasil divulga resultados do 4º trimestre de 2022 após fechamento do mercado

 (Itaú/Divulgação)

(Itaú/Divulgação)

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Beatriz Quesada

Publicado em 7 de fevereiro de 2023 às 06h03.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2023 às 11h43.

O Itaú (ITUB4), maior banco privado do Brasil, deve apresentar crescimento no lucro no quarto trimestre do último ano. Analistas estimam que o Itaú irá apresentar R$ 8,26 bilhões em lucro líquido, um crescimento de 15,4% na comparação anual. Os números serão divulgados ao mercado nesta terça-feira, 7, após o fechamento do mercado.

A expectativa geral é de uma continuidade do que já vinha sendo observado em trimestres anteriores, com bons números em termos de receita e alguma dificuldade na carteira de crédito devido ao momento macroeconômico desafiador.

“Acreditamos que os resultados do quarto trimestre do Itaú continuarão com forte tendência positiva para a receita líquida de juros. A qualidade dos ativos [de crédito] pode continuar se deteriorando, embora a um ritmo mais lento do que o dos pares”, informou, em relatório, o UBS BB.

Um dos diferenciais do Itaú que já vinha sendo observado ao longo do último ano é uma composição de carteira de crédito mais resiliente ao risco, com menor exposição à pessoas físicas (onde a inadimplência é maior) e foco em alta renda. A expectativa é que a inadimplência continue no radar, mas com pressão reduzida em comparação aos concorrentes.

“A inadimplência deve ser mais tênue que seus pares privados, devido à menor representatividade em pessoa física e com um mix maior em alta renda que foi menos afetada pela piora macroeconômica. Ainda, esperamos que a tesouraria continue gerando resultados positivos devido ao hedge (proteção) realizada contra os juros elevados”, avaliaram, em nota, os analistas da Genial Investimentos.

Existe, no entanto, uma surpresa negativa que pode puxar para baixo o resultado do Itaú: o efeito Americanas (AMER3). A varejista entrou em recuperação judicial e está em batalha na Justiça contra os bancos credores.

O Santander (SANB11), primeiro grande banco a divulgar seu balanço, registrou uma queda de 47% em seu lucro líquido do quarto trimestre, impactado por provisões contra inadimplência. A Americanas não foi citada nominalmente, mas considerando a dimensão e o período da dívida, o mercado trata como certo que as provisões são para a dívida da varejista.

Na avaliação do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), Santander e Bradesco (BBDC4) seriam os mais afetados por provisões relativas à Americanas. Banco do Brasil seria o mais protegido, enquanto Itaú seria parcialmente afetado. Com a Americanas no radar, o BTG ajustou a previsão de lucro líquido para o Itaú para R$ 7,7 bilhões, queda de 5% no trimestre.

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