Fachada de hospital da Rede D'Or (Rede D'Or/Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 20 de dezembro de 2022 às 08h54.
Última atualização em 20 de dezembro de 2022 às 09h03.
A Agência Nacional de Saúde (ANS) aprovou na segunda-feira, 19, a compra do controle da SulAmérica (SULA11) pela Rede D'Or (RDOR3). Para o aval da operação, foram exigidas contrapartidas envolvendo possível conflitos de interesses com as operações da Qualicorp, que comercializa planos de saúde e tem a Rede D'Or como principal acionista, com 29% do negócio.
As restrições impostas pela ANS foram:
A aprovação da ANS era a última barreira regulatória que ainda faltava para a operação ser efetivada.
Na última semana, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) voltou a aprovar o negócio. Como na decisão de novembro, nenhuma restrição foi feita pelo Cade, apesar dos pedidos de recurso de nove companhias de saúde: Hospital Sírio-Libanês, Albert Einstein, Mater Dei, AC Camargo, Hospital Oswaldo Cruz, Supermed, Benevix, Beneficência Portuguesa e o Hospital do Coração.
Com a compra da SulAmerica, a Rede D'Or irá despontar ainda mais como a empresa mais valiosa do setor na bolsa, com quase R$ 60 bilhões de valor de mercado.
A compra da SulAmérica pela Rede D'Or foi firmada em 23 de fevereiro. Pelas condições acordadas, os acionistas da SulAmérica passarão a integrar a base da Rede D'Or após a conclusão do negócio, passando a ter 13,5% de participação na nova empresa, excluídas as ações em tesouraria.
Esse montante, na data de fechamento do negócio, compreenderia a emissão de 0,2561 nova ação da Rede D'Or para cada ação ordinária ou preferencial da SulAmérica ou 0,7683 nova ação por unit, perfazendo um total de 307,68 milhões de ações a serem emitidas em favor dos acionistas da SulAmérica.