Repórter colaborador
Publicado em 26 de abril de 2024 às 07h16.
Última atualização em 26 de abril de 2024 às 07h17.
A Anglo American rejeitou uma proposta de compra de US$ 39 bilhões pelo grupo BHP, dizendo que ela "subvaloriza significativamente a empresa". Caso se concretizasse, a união das duas gigantes mineração teria 10% do mercado mundial e formaria a maior companhia do setor.
De acordo com a proposta, a Anglo primeiro cederia o controle de suas unidades sul-africanas de platina e minério de ferro para seus acionistas antes de ser adquirida pela BHP.
A rejeição da Anglo era amplamente esperada. Segundo a Bloomberg, analistas e investidores anglo-americanos consideraram a proposta da BHP muito abaixo das expectativas. A BHP terá agora de melhorar sua oferta se quiser iniciar novas negociações.
“A proposta da BHP é oportunista e não valoriza as perspectivas da Anglo American”, disse o presidente da Anglo, Stuart Chambers, em comunicado.
A Anglo tem sido vista há muito tempo como um alvo potencial entre as maiores mineradoras, especialmente porque possui operações atraentes de cobre na América do Sul, num momento em que a maior parte da indústria está ansiosa para adicionar reservas do metal, fundamental para a transição energética verde.
Ainda assim, os pretendentes foram desencorajados pela complicada estrutura e combinação de outras matérias-primas do Anglo, desde a platina aos diamantes, e especialmente pela sua profunda exposição na África do Sul.
A BHP procurou enfrentar esse desafio insistindo que a Anglo separasse suas duas unidades sul-africanas como condição para uma aquisição, o que acabou sendo rejeitado pela Anglo.