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Americanas deixa de pagar juros a debenturistas

Debêntures da 17ª emissão envolvem uma dívida de R$ 2 bilhões; não pagamento reflete medida de proteção proferida pela Justiça

Americanas: pagamento dos juros aos debenturistas seria realizado em 16 de janeiro (Leandro Fonseca/Exame)

Americanas: pagamento dos juros aos debenturistas seria realizado em 16 de janeiro (Leandro Fonseca/Exame)

Depois de pedir à Justiça proteção contra a execução de suas dívidas, a Americanas (AMER3) já deixou de pagar os juros aos debenturistas de sua 17ª emissão.

As debêntures da 17ª emissão envolvem uma dívida de R$ 2 bilhões, com recursos para reforço do caixa da companhia e para fazer frente às dívidas com vencimento em 2022 e 2023.

O pagamento dos juros aos debenturistas seria realizado ontem, 16 de janeiro.

Na noite de sexta-feira, 13, a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro concedeu medida de tutela de urgência cautelar à Americanas. A decisão, proferida pelo juiz Paulo Assed, suspende toda e qualquer possibilidade de bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa.

A crise na varejista começou após a publicação de fato relevante anunciando a descoberta das inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões, pode acarretar vencimento antecipado de dívidas em montante aproximado de R$ 40 bilhões. Esse montante tem a seguinte composição: são R$ 19,3 bilhões de endividamento bruto que estão registrados no balanço, somados aos mais R$ 5 bilhões em vencimentos a fornecedores  e aos R$ 15 bilhões ou R$ 16 bilhões estimados de "risco sacado".

A descoberta foi feita por Sérgio Rial e André Covre, que haviam acabado de assumir os cargos de CEO e CFO da empresa, respectivamente.

Entre ontem e hoje, a S&P e a Fitch Ratings, que fazem classificação de risco, cortaram mais uma vez a nota de crédito da companhia.

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