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Alibaba (BABA34) colapsa na bolsa após mal-entendido com governo chinês

Os papéis da maior varejista chinesa chegaram a perder 9,4% depois que CCTV, emissora estatal da China, anunciou a prisão de um homem chamado "Ma"

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Sede do Alibaba Group  (Aly Song/File Photo/Reuters)

Sede do Alibaba Group (Aly Song/File Photo/Reuters)

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Carlo Cauti

Publicado em 3 de maio de 2022 às, 14h45.

Última atualização em 3 de maio de 2022 às, 15h05.

As ações do Alibaba Group (BABA34) caíram forte no início do pregão nesta terça-feira, 3, na Bolsa de Valores de Hong Kong.

Os papéis da maior varejista chinesa chegaram a perder 9,4% depois que CCTV, emissora estatal da China, anunciou que as autoridades de Hangzhou, onde fica a sede da Alibaba, prenderam um homem com o sobrenome "Ma", por envolver-se em atividades que ponham em risco a segurança nacional.

Os investidores interpretaram isso como a prisão do bilionário fundador do Alibaba, Jack Ma, que já ficou sob custódia por decisão do governo de Pequim por semanas em 2020.

Veja mais:

Por causa da reação dos mercados a essa notícia, o valor de mercado da Alibaba diminuiu de US$ 26 bilhões.

Informação divulgada pela mídia do governo da China

A notícia inicial da CCTV informou que o nome completo do suspeito tinha dois caracteres, compatível com o nome de Jack Ma, cujo nome em chinês é Yun.

A notícia de sua prisão era muito compatível com o aperto que Pequim impõe ao setor de tecnologia há algum tempo.

O Global Times, um jornal de propriedade do governo chinês, informou mais tarde que o indivíduo em questão era um diretor de pesquisa de hardware de uma empresa de tecnologia chinesa.

Ma, que significa literalmente “cavalo”, é o 13º sobrenome mais comum na China, de acordo com um relatório de 2019 do Ministério de Segurança Pública da China.

A emissora estatal CCTV também se corrigiu e publicou uma nota de esclarecimento emitida pela polícia de Hangzhou: o nome completo do indivíduo preso tem três caracteres.

Alibaba e outras ações de tecnologia na mira do governo chinês

As ações do Alibaba e de outras empresas chinesas do setor de tecnologia estão na mira do governo chinês há anos.

Isso por causa da repressão regulatória iniciada contra o setor por supostas violações das leis antimonopólio, de privacidade, de segurança de dados e de outras normas.

Em outubro de 2020, Ma fez um discurso criticando o governo de Pequim, e acusando as autoridades de supervisão financeira de sufocarem a inovação.

Logo em seguida ele foi preso e as autoridades regulatórias suspenderam a listagem da fintech Ant Group, controlada pelo grupo Alibaba, dois dias antes da sua estreia na Bolsa de Valores de Hong Kong.

Pequim ordenou que a Ant Group fosse reestruturada, além de lançar investigações antitruste contra as empresas de Ma, que acabou ganhando uma multa recorde de US$ 2,75 bilhões.

Desde esse episódio, as ações do Alibaba caíram 66% em relação ao pico de outubro de 2020.

Mesmo investidores de longa data do Alibaba , como o Daily Journal Corp., de Charlie Munger, sócio de Warren Buffett, estão reduzindo suas participações no capital da empresa.

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