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Além do iPhone: CEO da Apple vai às compras — mas na Nike

Tim Cook ampliou participação na empresa depois de balanço fraco derrubar ações em mais de 10%

Tim Cook: CEO da Apple comprou US$ 3 milhões em ações da Nike (Leandro Fonseca/Exame)

Tim Cook: CEO da Apple comprou US$ 3 milhões em ações da Nike (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 24 de dezembro de 2025 às 13h10.

O CEO da Apple, Tim Cook, comprou quase US$ 3 milhões em ações da Nike após a forte queda dos papéis da companhia na semana passada, provocada por um resultado trimestral abaixo do esperado e por projeções negativas para o curto prazo.

Segundo um formulário Form 4 enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), Cook adquiriu 50 mil ações da fabricante de artigos esportivos na segunda-feira, 22, a um preço médio de US$ 58,97 por papel. A compra foi divulgada ao mercado na noite de terça-feira, 23.

Cook é diretor independente líder do conselho da Nike e integra o colegiado desde 2005. Com a nova aquisição, ele passou a deter pouco mais de 105 mil ações da companhia, avaliadas em mais de US$ 6 milhões aos preços de mercado desta quarta-feira.

Ações reagem após divulgação

Após a divulgação da compra, as ações da Nike subiram cerca de 5% no pregão de quarta-feira, sendo negociadas em torno de US$ 60,30. O movimento ajudou a reverter parte das perdas registradas após o balanço mais recente.

Outro membro do conselho também reforçou posição. Robert Swan, ex-CEO da Intel e atual sócio operacional da Andreessen Horowitz, comprou aproximadamente US$ 500 mil em ações da Nike em 22 de dezembro, a um preço médio de US$ 57,54.

Ano difícil para a Nike

As ações da Nike acumulam queda de cerca de 20% em 2025 e seguem abaixo do nível registrado há dez anos. Na semana passada, os papéis recuaram mais de 10% em um único dia, a maior queda diária desde abril, após a divulgação do resultado do segundo trimestre fiscal, encerrado em novembro.

Na ocasião, a empresa projetou uma queda nas vendas no trimestre corrente, citando fraqueza persistente na China, além de impactos de tarifas e outros fatores externos.

Estratégia de recuperação

Sob o comando do CEO Elliott Hill, a Nike tenta executar um plano de recuperação que inclui a recomposição de relações com varejistas e a retomada do ritmo de inovação em produtos. O avanço da estratégia, no entanto, tem sido limitado por desafios macroeconômicos e pela concorrência crescente no setor.

A compra de ações por executivos e conselheiros é vista pelo mercado como um sinal de confiança interna na capacidade de recuperação da companhia, em meio a um período prolongado de pressão sobre o desempenho do papel.

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