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'Acabou a lua de mel': 3 fatos que impulsionaram o dólar, segundo Laatus

Moeda americana tocou máxima em mais de um mês ao ser negociada a 5,28 reais nesta quarta-feira

Dólar | Foto: Lee Jae-Won/ Reuters (Lee Jae-Won/Reuters)

Dólar | Foto: Lee Jae-Won/ Reuters (Lee Jae-Won/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de julho de 2021 às 16h32.

Última atualização em 7 de julho de 2021 às 17h04.

Em seu sétimo pregão consecutivo de alta, o dólar tocou a máxima desde 27 de maio nesta quarta-feira, 7, ao ser negociado na casa dos 5,28 reais no início da tarde. Considerando a máxima desta sessão, a moeda americana chegou a ter valorização de 4,53% somente nesta semana, aumentando sua cotação em 13 centavos.

Após a divulgação da ata do Federal Reserve, após às 15h, o dólar a perder força contra o real, acompanhando seu movimento no exterior, mas logo voltou a se valorizar. A sequência de alta do dólar ocorre nove pregões após a moeda ter tocado a mínima do ano, sendo negociada a 4,894 reais. "O dólar desce de escada e sobe de elevador. Acabou a lua de mel", comentou Jefferson Laatus, estrategista-chefe e sócio proprietário do Grupo Laatus.

Segundo o especialista em dólar, a moeda vem se fortalecendo, principalmente, por fatores internos. Um deles seria a proposta da segunda fase da reforma tributária. Foi justamente no último dia 25, quando a o texto foi entregue ao Congresso, que a moeda americana saiu da mínima do ano, subindo 0,67%.

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"O mercado está mais estressado desde que foi entregue o texto da reforma. Isso ocorre mão só com o dólar, mas com o Ibovespa, que se afastou dos 130.000 pontos", afirma.

Entre as maiores críticas de investidores à reforma tributária está a alíquota de 20% sobre dividendos, que, segundo economistas, irá aumentar a carga tributária do país. Para parte do mercado, a medida pode colocar em risco o crescimento do país, caso não seja compensada por uma maior isenção no imposto de renda.

Laatus também pontua que o aumento dos ruídos políticos tem deixado investidores mais cautelosos a tomarem posições em ativos de risco. Nessa cesta, estariam temores com os desdobramentos da CPI da Covid, desgaste do presidente Jair Bolsonaro e o fortalecimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pesquisas eleitorais. "Isso preocupa o mercado também."

O terceiro motivo para a alta do dólar, segundo Laatus, é a proximidade com o feriado paulista da Revolução Constitucionalista. Celebrado nesta sexta-feira, 9, o feriado manterá fechada as negociações de dólar futuro na B3, reduzindo a liquidez no mercado de câmbio. "Isso faz investidores buscarem proteção no dólar. Dólar abaixo de 5 reais está meio longe", diz Laatus.

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