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Via (VIIA3), Petrobras (PETR4), Vale (VALE3): as 10 maiores altas e baixas do Ibovespa em julho

Índice recupera perdas e sobe quase 5% no mês; maior parte das ações encerra mês no positivo

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 29 de julho de 2022 às 19h39.

O mês de julho foi de recuperação para a bolsa brasileira, que acompanhou a retomada do mercado americano. Por lá, a expectativa de um aperto monetário mais acelerado não se confirmou, o que deu fôlego para um rali de recuperação após duras perdas.

O Ibovespa avançou quase 5% no mês, e apenas 28 ações das 91 que compõem o índice encerraram o mês no negativo. Entre as maiores altas estiveram ações de varejo e tecnologia, que foram as mais prejudicadas pelo cenário de inflação alta e juros elevados.

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“Para além da correção, a recuperação desses papéis também acompanha a melhora das perspectivas econômicas. O desemprego está caindo e os estímulos governamentais como o incremento do Auxílio Brasil podem impulsionar os papéis das varejistas e das construtoras”, afirma Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

A maior alta do mês ficou a Via (VIIA3), seguida pela Positivo (POSI3). Papéis da área de construção, como MRV (MRVE3) e Eztec (EZTC3) também tiveram um mês de recuperação.

Outro grande destaque do mês foram os papéis da Petrobras (PETR3/PETR4), que saltaram 8% nos últimos dois dias do pregão. A alta foi uma reação ao anúncio de quase R$ 88 bilhões em dividendos, somado a um balanço do segundo trimestre melhor que o esperado.

O lucro líquido da companhia, divulgado no resultado ontem à noite, foi de R$ 54,3 bilhões, ante mediana de mercado de R$ 35,72 bilhões. Já oEbitda ficou em R$ 98,26 bilhões no segundo trimestre, 26% acima do registrado no mesmo período de 2021 e superior ao consenso da Bloomberg, que era de R$ 91,31 bilhões.

As ações da empresa, que tem a segunda maior participação no Ibovespa, contribuíram para a alta mensal do índice.

Na ponta oposta, outra grande ação do Ibovespa segurou a alta do índice. A Vale (VALE3), que responde sozinha por quase 14% da carteira do índice, ficou entre as maiores quedas de julho acompanhando a queda do minério de ferro.

Junto à ela, Bradespar (BRAP4), que tem grande participação acionária na mineradora, além de outras ações ligadas ao minério de ferro como CSN Mineração (CMIN3) e CSN (CSNA3).

A commodity foi impactada pela política de covid zero na China, que, com seus lockdowns, aumentou a incerteza dos investidores quanto à demanda do maior importador de minério do mundo. A dificuldade do país asiático em cumprir sua meta de crescimento para o ano também acende um alerta para a demanda da commodity.

A maior queda, no entanto, ficou com a Qualicorp (QUAL3). A companhia chegou a cair 8% em um único dia após ser rebaixada pelos analistas do Citi. A recomendação passou de neutra para venda, com preço-alvo de R$ 9. As dificuldades de recuperação para o setor de saúde pesaram sobre as ações, que encerraram o mês em baixa de 11,66%.

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