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Ibovespa hoje: índice sobe 4,7% no mês com ajuda de NY e da Petrobras

Investidores reagem a balanços do segundo trimestre; inflação volta a superar expectativas nos Estados Unidos

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Painel de cotações da B3. (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3. (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 29 de julho de 2022, 10h26.

Última atualização em 29 de julho de 2022, 18h12.

O Ibovespa encerrou esta sexta-feira, 29, em alta, puxado pelas ações da Petrobras (PETR3/PETR4), que disparam e ficaram entre as maiores altas do índice. No saldo do mês, o índice subiu 4,7%, com alta de 4,3% apenas nesta semana. 

  • Ibovespa: + 0,55%, 103.164 pontos

A valorização da Petrobras foi uma resposta ao resultado do segundo trimestre divulgado na noite de ontem, 28, que surpreendeu os investidores.

O Ebitda [principal indicador de caixa operacional da companhia]  ajustado da companhia ficou em R$ 98,26 bilhões no segundo trimestre, 26% acima do registrado no mesmo período de 2021 e superior ao consenso da Bloomberg, que era de R$ 91,31 bilhões. O lucro líquido também saiu bem acima das projeções, ficando em R$ 54,3 bilhões ante mediana de mercado de R$ 35,72 bilhões. 

As ações da estatal dispararam após o resultado. Vale lembrar que os papéis já tinham subido 3% no último pregão, quando investidores foram pegos de surpresa pelo anúncio de um dividendo de R$ 6,73 por ação.

 "Foi uma surpresa, mesmo com nossa estimativa otimista de R$ 4,4 por ação. O dividendo anunciado corresponde a um rendimento de cerca de 21%, ante nossa estimativa de 15% para o trimestre", disseram analistas do Itaú BBA em relatório.

Analistas da Guide classificaram os dividendos como "astronômicos" e o resultado, "estelar". "Vemos a Petrobras cada vez mais eficiente, com margens recorrentemente apresentando melhoras, e o endividamento progressivamente encolhendo, que aliado ao elevado nível de geração de caixa e a sólida liquidez possibilitaram o anúncio de dividendo", disse Rodrigo Crespi, analista da Guide, em nota.

A Vale (VALE3), por outro lado, restringiu o tom positivo da bolsa brasileira. As ações da mineradora, que também divulgou seus números do segundo trimestre na última noite, caíram mais de 1% neste pregão. 

A companhia apresentou queda do Ebitda  ajustado de R$ 25,8 bilhões, R$ 6,9 bilhões inferior ao do trimestre passado. A redução, segundo a companhia, foi reflexo de preços mais baixos do minério de ferro. No mesmo período do ano passado, quando o minério operava próximo das máximas históricas, o Ebtida ajustado da Vale foi de R$ 59 bilhões. 

Nos Estados Unidos, a temporada de balanços também deu o tom positivo das bolsas. Os papéis das big techs foram o principal destaque do dia, com Amazon avançando mais de 11% após registrar vendas mais fortes que o esperado no segundo trimestre – ainda que com prejuízo líquido. A Apple também avança com receita de iPhone acima do esperado.

  • Amazon (AMZN): + 10,36%
  • Apple (AAPL): + 3,28%

Os resultados impulsionam os principais índices americanos, em especial o Nasdaq, de tecnologia. 

  • Dow Jones (Nova York): + 0,97%
  • S&P 500 (Nova York): + 1,42%
  • Nasdaq (Nova York): + 1,88%

Além dos resultados corporativos, dados da economia americana seguem no radar de investidores e adicionam preocupação.

O Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), divulgado nesta manhã, saiu acima do esperado para junho. Com alta mensal de 1%, o PCE acumulado de 12 meses saltou de 6,3% para 6,8%. Já o núcleo do PCE saiu de 4,7% para 4,8% ante expectativa do manutenção do patamar anterior. 

O dado de inflação é usado pelo Fed como um dos principais termômetros para a condução da política monetária. Não houve reflexo sobre as bolsas, mas o dado impactou o dólar, que registrou um dia de alta.

A moeda americana teve um pregão de volatilidade por causa do movimento técnico de formação da Ptax – taxa de câmbio calculada pelo Banco Central e usada como referência para contratos envolvendo negócios em dólar. A Ptax é calculada diariamente, mas costuma ficar mais volátil no último pregão do mês porque a última taxa é a utilizada para contratos cambiais do mês seguinte.

Na semana, o dólar cai 5,9% e, no acumulado do mês, teve baixa de 1,1%.

  • Dólar comercial: + 0,21%, a R$ 5,174

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