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Regime de bens: 5 dicas que você precisa saber

Os regimes de bens não servem apenas para definir a divisão do patrimônio, mas para proteger os cônjuges de dívidas

Escolher o regime de bens é uma decisão que deve ser tomada com cuidado e planejamento

Escolher o regime de bens é uma decisão que deve ser tomada com cuidado e planejamento

Publicado em 5 de setembro de 2024 às 09h56.

O regime de bens é um dos aspectos mais importantes a serem discutidos antes de um casamento ou união estável. Ele determina como será feita a administração e a divisão do patrimônio do casal durante a relação e em caso de separação. Cada regime tem suas particularidades, e é essencial conhecer bem as opções antes de fazer a escolha. Confira abaixo 5 dicas essenciais sobre o regime de bens.

1. Escolha o regime que mais se adequa ao seu perfil

Existem quatro tipos de regime de bens no Brasil: comunhão parcial de bens, comunhão universal de bens, separação total de bens e participação final nos aquestos. Cada um desses regimes traz diferentes regras sobre a administração e partilha dos bens. O regime de comunhão parcial de bens, por exemplo, é o mais comum e prevê a divisão dos bens adquiridos durante o casamento, enquanto o regime de separação total mantém os patrimônios individuais separados. Avalie seu perfil, as expectativas e o tipo de relação que você quer ter para escolher o regime adequado.

2. O diálogo é fundamental

Antes de definir o regime de bens, é essencial que o casal tenha uma conversa aberta e honesta sobre suas finanças e expectativas. Discutir a maneira como o patrimônio será administrado é importante para evitar desentendimentos futuros. Um acordo claro evita possíveis conflitos e garante que ambos estejam cientes das implicações jurídicas da escolha do regime de bens.

3. É possível alterar o regime de bens após o casamento

Muitos casais não sabem, mas o regime de bens pode ser alterado após o casamento, mediante autorização judicial. No entanto, essa alteração exige um motivo relevante e o consentimento de ambos os cônjuges. Além disso, a mudança de regime de bens não pode prejudicar os direitos adquiridos por terceiros. Se o casal perceber que o regime escolhido inicialmente não está mais funcionando, essa é uma alternativa viável, desde que atendidos os requisitos legais.

4. A comunhão parcial é o regime padrão

Se o casal não optar por outro regime de bens no momento do casamento, a comunhão parcial de bens será o adotado automaticamente. Nesse regime, todos os bens adquiridos durante o casamento são divididos igualmente em caso de separação. No entanto, os bens adquiridos antes do casamento ou recebidos por herança ou doação permanecem de propriedade individual de cada cônjuge. Portanto, se o casal quiser adotar outro regime, como a separação total ou a comunhão universal, será necessário firmar um pacto antenupcial.

5. Regimes de bens também protegem os cônjuges de dívidas

Os regimes de bens não servem apenas para definir a divisão do patrimônio, mas também para proteger os cônjuges em caso de dívidas. No regime de separação total de bens, por exemplo, as dívidas contraídas por um dos cônjuges não atingem o patrimônio do outro, já que os bens são mantidos de forma independente. Por outro lado, na comunhão universal de bens, tanto os bens quanto as dívidas são compartilhados entre o casal. Por isso, é importante entender como o regime de bens escolhido pode afetar a gestão de dívidas.

Por que você deve saber sobre isso

Escolher o regime de bens é uma decisão que deve ser tomada com cuidado e planejamento. Considerar as expectativas e os objetivos do casal, além de compreender as particularidades de cada regime, pode evitar conflitos futuros e garantir que o patrimônio de ambos seja administrado da melhor forma. Caso ainda haja dúvidas, é recomendável consultar um advogado especializado para orientar nessa escolha tão importante.

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