Colaboradora
Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 11h15.
Última atualização em 9 de dezembro de 2024 às 15h49.
A regra da usucapião, embora seja mais conhecida quando se trata de imóveis, também pode ser aplicada para outros tipos de bens, como carros e motos. Assim como no caso das residências, neste caso também será preciso provar na Justiça a posse contínua, pacífica e ininterrupta por um determinado período de tempo, desde que preenchidos os requisitos legais.
Para requisitá-la, também é preciso provar a boa fé, ou seja a pessoa que possui o veículo deve tê-lo adquirido acreditando que não havia qualquer impedimento para sua aquisição, e justo título, deve haver um documento que justifique a posse, como um contrato de compra e venda, por exemplo.
Ao contrário do que acontece com a usucapião de imóveis, neste caso a lei entende que existem dois tipos de prazos para fazer a solicitação:
Acontece quando alguém possui um automóvel de forma pacífica, ininterrupta e com ânimo de dono por um período mínimo de três anos.
Essa modalidade é a mais comum e é frequentemente utilizada em situações nas quais o adquirente, de boa-fé, não recebe a documentação necessária para a transferência do veículo por parte do antigo proprietário.
Para poder solicitá-la, é preciso comprovar a posse ininterrupta e sem oposição, boa-fé e justo título.
Ao contrário da anterior, essa ação acontece quando a pessoa não tem um documento que prove que é a dona do carro ou quando esse documento não está em ordem. Apesar disso, a posse do bem ocorre por um período de 5 anos, ininterruptamente, também de forma pacífica e sem oposição do proprietário anterior.
Para poder solicitá-la, é preciso comprovar a posse ininterrupta e sem oposição, sem justo título e intenção de dono.
No caso de usucapião, ordinário ou extraordinário, de um bem de uma pessoa falecida, o reclamante deve seguir os mesmos passos e apresentar provas que provem a posse do automóvel.
Para solicitar a usucapião de veículo, é necessário reunir provas que provem a posse daquele carro ou moto. Alguns documentos que podem ser exigidos são:
Além desses documentos, os últimos IPVAs do veículo devem estar pagos.
Mesmo com todos os documentos em mãos, pode haver algumas dificuldades durante o requerimento de posse. Uma delas pode ser a própria morosidade do andamento do processo judicial. Nesses casos, um advogado especializado pode ajudar a resolver alguns entraves mais rapidamente.
Além disso, o antigo dono do veículo pode contestar a posse do mesmo, apresentando provas que demonstrem que esta não foi pacífica ou contínua. Nessa situação, a decisão do juiz é que vai definir quem ficará com o bem.
O custo da usucapião de um veículo varia e depende de diversos fatores. No processo judicial, há uma taxa inicial de 1% sobre o valor do veículo, além de outras despesas como custas processuais e honorários advocatícios, que de acordo com a tabela da OAB podem chegar a até 20% do valor final do processo.
A boa notícia é que após a decisão judicial, aquele que receber legalmente a posse do veículo já pode vendê-lo