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Danone cria marca de iogurte com frutas que seriam desperdiçadas

A nova linha vai usar frutas que sobram ou são consideradas muito feias para as prateleiras

Empresa criou uma linha de iogurtes feitos com frutas que seriam descartadas (Germano Luders/Exame)

Empresa criou uma linha de iogurtes feitos com frutas que seriam descartadas (Germano Luders/Exame)

B

Bloomberg

Publicado em 9 de dezembro de 2020 às 14h54.

Última atualização em 9 de dezembro de 2020 às 18h23.

A maior fabricante de iogurte do mundo aposta que consumidores estão abertos a produtos pensados para evitar o desperdício.

A linha Two Good de produtos lácteos da Danone também incluirá a Good Save, uma nova marca de iogurte que usa frutas que sobram ou são consideradas muito feias para as prateleiras, disse a empresa com sede em Paris em comunicado na quarta-feira. Limões são o ingrediente-chave para o primeiro sabor, e outra variedade começará a ser vendida no segundo semestre de 2021.

A Danone desenvolveu o projeto ao longo de um ano com a Full Harvest Technologies, que administra um mercado para agricultores venderem produtos que seriam descartados para empresas de alimentos e bebidas. Os copos terão um selo inédito para informar que a fruta usada para os ingredientes teria sido desperdiçada, o que ajuda consumidores a entender a pegada que seus alimentos deixam — ou não.

“Realmente acreditamos que, ao usar frutas que seriam desperdiçadas em nosso iogurte, estamos criando um modelo de negócios sustentável que coloca o desperdício de alimentos no centro de nossa plataforma de inovação”, disse Surbhi Martin, vice-presidente de marketing da Danone North America, em entrevista por telefone.

Cerca de 30% dos alimentos no mundo nunca são consumidos, e o desperdício é responsável por cerca de 8% das emissões globais de gases de efeito estufa, de acordo com o Project Drawdown, um grupo que defende ações contra as mudanças climáticas.

“Há uma grande mudança no mercado de consumo e vemos isso em primeira mão, com grandes empresas chegando até nós”, disse Christine Moseley, fundadora e CEO da Full Harvest. “Esta será uma nova categoria enorme, da mesma forma que os orgânicos”, afirmou em entrevista.

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