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Quer investir no exterior? Veja as recomendações do BTG para novembro

Estrategistas fizeram duas alterações na carteira de BDRs do banco, que sugere as dez melhores oportunidades de investimento no exterior a cada mês

O BDR da Coca-Cola é a grande novidade para o mês de novembro (Jesada Wongsa / EyeEm/Getty Images)

O BDR da Coca-Cola é a grande novidade para o mês de novembro (Jesada Wongsa / EyeEm/Getty Images)

Isabel Rocha
Isabel Rocha

Jornalista

Publicado em 1 de novembro de 2021 às 18h26.

Última atualização em 1 de julho de 2024 às 16h00.

O BTG Pactual digital (BPAC11) divulgou, nesta segunda-feira, 1º, sua carteira recomendada de BDRs com algumas alterações. Além da redução de 15% para 10% na participação da Apple (AAPL34), os estrategistas do banco também incluíram a Coca-Cola (COCA34) no portfólio. Para acomodar a entrada do gigante do setor de bebidas, o BDR da Micron Technology (MUTC34) foi retirado da carteira.

“Retiramos o BDR da Micron pela baixa visibilidade que temos no setor de semicondutores, principalmente no nicho da companhia [placas de memória e drives de armazenamento], que parece mais desbalanceado em relação à demanda global e mais competitivo, configurando maior risco aos preços unitários dos chips”, explicam os especialistas no relatório.

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Lançada em julho deste ano, a carteira de BDRS do BTG busca oferecer as melhores oportunidades de investimento no exterior com base em uma análise conjunta dos fundamentos das companhias e do cenário econômico global. O objetivo é superar o BDRX, que é o índice de referência da B3 para os BDRs.

Em um outubro marcado principalmente pelo aumento da inflação e diminuição dos estímulos monetários por alguns dos principais bancos centrais, a carteira teve retorno positivo de 6,2%, ante 11,2% do BDRX.

Ainda assim, a performance é considerada “muito satisfatória” pelos estrategistas do banco, especialmente quando comparada com a queda de 6,7% do Ibovespa. Veja no gráfico de desempenho abaixo.

(Bloomberg e BTG Pactual/Reprodução)

Alterações na carteira

Em um cenário global de inflação elevada, a inclusão da Coca-Cola no portfólio se mostra bastante estratégica. Isso porque, de acordo com os analistas do banco, os setores mais defensivos (como os de alimentos, saúde e utilities) tendem a ter mais facilidade para repassar os aumentos de custos aos consumidores, dada a essencialidade de seus produtos e serviços.

“Inclusive, os fortes resultados do terceiro trimestre divulgados na semana passada apontam para esta direção: o grande volume de bebidas vendido — acima dos níveis de 2019, antes da pandemia — e os aumentos de preço implementados nos últimos meses compensaram as pressões de custos”, destacam.

No acumulado de 2021 até setembro, a companhia teve 9,2 bilhões de dólares de fluxo de caixa ao acionista, um aumento de quase 50% sobre o mesmo período de 2020.

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Já a diminuição na exposição ao BDR da Apple teve como base as dificuldades na cadeia de suprimento de componentes (principalmente chips) ao longo da pandemia; que acabaram afetando negativamente os resultados da empresa no último trimestre.

Os resultados divulgados em 28 de outubro revelaram uma receita de 83,4 bilhões de dólares, enquanto a expectativa de mercado era de 84,8 bilhões de dólares. De acordo com os dados da Refinitiv, este trimestre foi o primeiro desde abril de 2016 em que a empresa não superou as estimativas de lucro do consenso de mercado.

Ainda assim, a Apple retornou 23,4 bilhões de dólares em recompras de ações e dividendos para os acionistas no trimestre — o que, aliado aos fortes fundamentos da companhia, motivou a permanência do BDR na carteira deste mês.

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