BTG busca equilibrar o portfólio com FIIs que possuam estratégias complementares (Leandro Fonseca/Exame)
Os desafios no segmento imobiliário aumentaram nos últimos meses. Em setembro, não foi diferente. A volatilidade para os mercados globais, em virtude do cenário de maior estresse da economia chinesa, repercutiu nos países emergentes.
Mesmo assim, segundo os analistas do BTG Pactual, o patamar atual de preços de FOFs (fundo de fundos) e fundos imobiliários de tijolo é atrativo e pode representar uma oportunidade de entrada para investidores que possuem um horizonte de investimentos de longo prazo.
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Os analistas do BTG optaram por não realizar nenhuma mudança na carteira recomendada de FIIs de outubro, em relação ao mês anterior. Sendo assim, o banco segue com 12 ativos em carteira. São eles:
• RBRR11 (12,5%)
• BTCR11 (15,0%)
• KNCR11 (15,0%)
• XPLG11 (5,0%)
• VILG11 (7,5%)
• BRCO11 (5,0%)
• HSLG11 (7,5%)
• RBRP11 (7,5%)
• BRCR11 (5,0%)
• RCRB11 (10,0%)
• HGRE11 (5,0%)
• VISC11 (5,0%)
Os 12 fundos que compõem a carteira estão divididos entre: recebíveis (42,5%), galpões logísticos (25,0%), lajes corporativas (20,0%), híbridos (7,5%) e shoppings (5,0%).
“Nossa carteira recomendada apresenta dividend yield anualizado de 7,9% e dividend yield para os próximos 12 meses de 7,7%, enquanto as cotas dos fundos sugeridos negociam, na média, com desconto de 13% em relação a seus valores patrimoniais”, explicam os analistas em relatório divulgado pelo maior banco de investimentos da América Latina. Em termos de liquidez, a carteira possui o volume médio diário de negociação de aproximadamente 3 milhões de reais.
No Brasil, o cenário inflacionário, que pode avançar ainda mais em breve, oferece um maior custo de oportunidade para os cotistas de fundos imobiliários. Além disso, a alta da Selic em setembro de 5,25% para 6,25% também mexeu com os ânimos dos investidores. Existe também um ambiente internacional de incertezas, que reflete no mercado doméstico.
São três os pontos de atenção com relação ao cenário internacional, que têm mexido com os mercados globais:
1. Desaceleração da economia chinesa;
2. Mudanças regulatórias pelo governo chinês e preocupações com o aumento do controle por parte da autoridade;
3. Desafios no segmento imobiliário e riscos de insolvência.
Mesmo assim, o banco reitera sua posição em relação ao investimento de longo prazo em FIIs. Os especialistas enxergam o cenário mais desafiador no curto prazo, mas destacam que a recuperação econômica pode ajudar os FIIs a retomar as boas performances. “Entendemos que o setor imobiliário tende a apresentar boa performance nos próximos anos, com aumento no valor dos ativos”, explicam.
Para os estrategistas do banco, a retomada da atividade econômica pode aumentar a demanda por bens e serviços. Com isso, tem potencial de estimular as empresas a crescer e beneficiar os segmentos de lajes corporativas, galpões logísticos e shopping centers.
“Acreditamos que uma carteira diversificada [diferentes gestores e segmentos], com fundos imobiliários de tijolo de alta qualidade e bem localizados [como os sugeridos], é a melhor forma de estar exposto ao mercado imobiliário de forma resiliente em períodos de maior volatilidade e de se beneficiar em momentos de retomada”, dizem os analistas no relatório.
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