Ações, Small Caps e BDRs: veja recomendações do BTG para dezembro (ipopba/Thinkstock)
Jornalista
Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 10h29.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h46.
O BTG Pactual divulgou, nesta quarta-feira, 1º, suas carteiras recomendadas para o mês de dezembro. Das quatro carteiras mensais preparadas pelo time de analistas e estrategistas do banco, apenas a de FIIs não sofreu nenhuma alteração.
Em dezembro, a carteira de fundos imobiliários do BTG seguirá sendo composta de 13 ativos divididos entre: recebíveis (45,0%), galpões logísticos (25,0%), lajes corporativas (19,0%), híbridos (6,0%) e shoppings (5,0%). “Acreditamos que uma carteira diversificada, com ativos de tijolo de alta qualidade e bem localizados, é a melhor forma de estar exposto ao mercado imobiliário de forma resiliente em períodos de maior volatilidade e de se beneficiar em momentos de retomada”, dizem os especialistas no relatório.
Veja, abaixo, quais foram as mudanças realizadas nas demais carteiras.
Composta de empresas que possuem um valor de mercado informal de até 15 bilhões de reais, a carteira de small caps do BTG tem como benchmark o índice de small caps da B3 (SMLL). Desde julho de 2010, a rentabilidade acumulada da carteira do banco é de 1.972%, ante 100,4% do SMLL e 67,2% do IBOV.
A primeira mudança significativa para o mês de dezembro é que, a partir de agora, a carteira passará a incorporar dez ações (e não cinco, como era de costume). A decisão está baseada no aumento no número de small caps listadas na bolsa nos últimos dois anos. “Acreditamos que, ao aumentar o número de ações, oferecemos aos nossos clientes um portfólio mais diversificado e abrangente”, dizem os estrategistas.
Outra novidade é a entrada dos papéis da Track & Field (TFCO4) e do Banco ABC (ABCB4), que, segundo os analistas, deve acelerar seu processo de transformação digital nos próximos meses, impulsionando o crescimento de sua base de clientes e parcerias. “Negociando a um valuation atraente de 0,7x o VP mais recente, o ABCB4 é uma de nossas principais opções dentro de small caps. Reiteramos nossa compra”, dizem.
Para acomodar as mudanças, a produtora de commodities agrícolas SLC Agrícola (SLCE3) e a empresa de porto/infraestrutura Santos Brasil (STBP3) saem do portfólio.
Veja todas as recomendações em small caps para dezembro. Abra sua conta no BTG Pactual.
Com o objetivo de superar o BDRX para oferecer as melhores oportunidades de investimento no exterior aos clientes, a carteira de BDRs do BTG reúne dez indicações.
Para dezembro, o time de analistas e estrategistas de Research do banco apresentou um portfólio bastante diversificado, priorizando ativos de baixa correlação entre si e com características distintas. “Apresentamos uma carteira balanceando BDRs de companhias inovadoras, disruptivas, de alto crescimento e de forte geração de caixa com BDRs de empresas de alta credibilidade internacional, da velha economia, que estão se beneficiando da ampla vacinação contra a covid-19”, diz o relatório.
Destacando a “forte turbulência” no mercado internacional com o avanço da nova variante do coronavírus, a ômicron, os estrategistas decidiram tirar da carteira deste mês os BDRS da Disney (cujo setor depende do fim da pandemia para gerar lucros significativos) e da Uber, cuja remoção está relacionada a três fatores principais:
Entraram na carteira os BDRs da empresa de tecnologia de viagens Booking Holdings (BKNG34) e da Nvidia (NVDC34), que é líder mundial na fabricação de chips e placas de vídeo para a indústria de videogames, smartphones e automóveis. Ambos os BDRs foram incluídos na carteira com peso reduzido de 5%.
“A Nvidia protege um pouco a carteira no caso do recrudescimento da pandemia, pois seus produtos são destinados ao entretenimento em casa e aplicações remotas, pouco sensíveis a lockdowns. No entanto, negociando a um preço-lucro acima de 70x, vemos risco de de-rating no caso de maior redução da liquidez global. Por isso, colocamos o BDR da companhia com peso reduzido na carteira, de 5%, de forma a balancear os riscos”, diz o relatório.
Simultaneamente, os estrategistas também indicam aumento de 10% para 15% na exposição aos papéis do J.P. Morgan (JPMC34) e da Meta Platforms (FBOK34).
A carteira de ações também reúne cerca de dez indicações. Os ativos são selecionados pelo time de estrategistas do banco sem considerar, necessariamente, índices de referência ou liquidez.
No relatório deste mês, os analistas explicam que optaram por ajustar o portfólio para incluir algumas ações blue chips que tiveram desempenho inferior às demais. Ainda assim, mantiveram exposição à maioria dos temas que já estavam presentes na carteira nos últimos meses.
A exposição ao setor de serviços financeiros, por exemplo, será mantida. Mas o time de estrategistas decidiu substituir a seguradora Porto Seguro (PSSA3) pela B3 (B3SA3), cujas ações caíram 43% no acumulado do ano e negociam a um valuation atrativo.
Já os papéis da WEG (WEGE3) darão lugar aos da Localiza (RENT3). Também entram na carteira CPFL (CPFE3) e a produtora de papel e celulose Suzano (SUZB3).
“Acreditamos que a dinâmica dos preços de celulose e papel é promissora. Junto com a Gerdau, a Suzano aumentará nossa exposição ao dólar no 10SIM”, diz o relatório.
O portfólio recomendado também segue com exposição aos preços globais do petróleo por meio da PetroRio (PRIO3) e da Raízen (RAIZ4).
Abra sua conta para ter acesso às análises do time de especialistas do BTG Pactual!