CEO da OpenAI é investigado por falta de transparência, diz jornal
No final do ano passado, Sam Altman foi afastado do cargo, mas retomou o posto na sequência
Repórter colaborador
Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 07h18.
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) está examinando comunicações internas do executivo-chefe da OpenAI, Sam Altman , como parte de uma investigação sobre se os investidores da empresa foram enganados. As informações são do The Wall Street Journal.
O órgão regulador tem buscado registros internos de funcionários e diretores atuais e antigos da OpenAI, e enviou uma intimação à dona do ChatGPT em dezembro. Isso ocorreu após decisão da diretoria, em novembro, de demitir Altman do cargo de CEO e destituí-lo da diretoria. Na ocasião, os diretores disseram que Altman não havia sido "consistentemente franco em suas comunicações", mas não entraram em detalhes.
Altman retornou ao cargo de CEO menos de duas semanas depois, como parte de um acordo que também incluía uma nova diretoria à qual ele não se juntou.
Segundo o WSJ, as autoridades da SEC sediadas em Nova York estão conduzindo a investigação e solicitaram que alguns funcionários da OpenAI preservassem documentos internos.
Algumas fontes ouvidas pelo jornal descreveram a investigação como uma resposta previsível à alegação da antiga diretoria da OpenAI de que Altman não estava sendo franco. Uma fontes disse que a SEC não apontou nenhuma declaração ou comunicação específica de Altman que tenha sido considerada enganosa.A OpenAI é administrada por uma organização sem fins lucrativos. Os investidores em seu braço com fins lucrativos incluem funcionários, gestores de capital de risco e a Microsoft, que se comprometeu a investir US$ 13 bilhões na empresa em troca de uma participação de 49% nos lucros.
A companhia tem um valor de mercado estimado em US$ 80 bilhões, quase triplicando seu tamanho em menos de 10 meses, segundo o New York Times.