Petz e Cobasi: fusão entre as gigantes do setor pet cria uma potência de R$ 6,9 bilhões ( Evrymmnt/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 09h02.
Última atualização em 16 de dezembro de 2025 às 13h33.
A Petz (PETZ3) e a Cobasi anunciaram, na terça-feira, 16, a data de fechamento de sua fusão. De acordo com as informações divulgadas pelas empresas, a operação será concluída no dia 2 de janeiro de 2026.
Na data prevista, as ações da Petz serão incorporadas pela Cobasi Investimentos. Os acionistas da Petz receberão, em troca, uma ação ordinária da nova empresa, além de uma ação preferencial resgatável, com valor estimado em R$ 0,71 por ação detida.
No mesmo dia, a Cobasi Investimentos será integrada à Cobasi, resultando na seguinte divisão de participação na nova companhia: os acionistas da Petz ficarão com 52,6% da empresa, enquanto os acionistas da Cobasi terão 47,4%.
Com a conclusão da fusão, as ações da Petz serão retiradas de negociação na B3 no final do pregão de 2 de janeiro de 2026. As novas ações da Cobasi serão creditadas aos acionistas da Petz em 7 de janeiro de 2026, e o pagamento da parcela em dinheiro está previsto para ser realizado até 23 de janeiro de 2026. A partir de 5 de janeiro de 2026, as ações da Cobasi começarão a ser negociadas na B3 sob um novo ticker, que será definido até 22 de dezembro.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na semana passada a fusão entre a Petz e a Cobasi, com algumas restrições.
A operação criará a maior rede de produtos e serviços para animais de estimação do Brasil e uma das maiores da América Latina. Para concluir a fusão, as empresas deverão vender 26 lojas no estado de São Paulo, representando cerca de 3,3% do faturamento combinado.
Com o fechamento da fusão, a nova companhia terá um faturamento anual de aproximadamente R$ 7 bilhões. Além disso, a economia de custos gerada pelas sinergias deverá atingir R$ 330 milhões.
A decisão foi tomada após um recurso da Petlove, principal concorrente, que alegou que a fusão prejudicaria a concorrência. Apesar disso, o Cade aprovou o acordo, destacando o interesse de potenciais compradores, como a Petlove, e informou que continuará monitorando o impacto da fusão no mercado.