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Solana cria solução para ‘proteger’ blockchain da ameaça da computação quântica

Desenvolvedores ligados ao blockchain afirmam que conseguiram criar técnica que consegue proteger dados dos usuários

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 12h09.

Última atualização em 6 de janeiro de 2025 às 12h51.

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Desenvolvedores do blockchain Solana anunciaram na última sexta-feira, 3, que criaram uma solução que conseguirá proteger a rede de possíveis violações por meio da computação quântica. A técnica promete impedir quebras de privacidade de dados, uma das maiores ameaças para a tecnologia blockchain.

De acordo com os desenvolvedores responsáveis pelo projeto, a solução se chama Solana Winternitz Vault e consegue criar um sistema de criptografia com novas chaves de proteção para cada transação que é registrada na rede. As chaves são privadas e usam algoritmos mais difíceis de serem violados.

No momento, a nova técnica ainda é opcional no blockchain. Para integrá-la às suas operações, os usuários precisam trocar suas carteiras digitais tradicionais por um Winternitz Vaults, uma espécie de “cofre”. Não há previsão no momento para que a solução seja adotada em toda a rede.

A ideia é que o "cofre" seja aberto e fechado a cada transação por meio de uma nova chave que é gerada especificamente para a operação. A chave, então, é convertida em um código que é usado para a verificação pelos validadores da Solana, mantendo a lógica das redes blockchain.

A busca por soluções para a ameaça da computação quântica para a tecnologia ganhou força no final de 2024 após o Google anunciar a criação de uma nova geração de chips que trouxe avanços significativos para a computação quântica, mostrando os avanços acelerados da área.

Os blockchains são redes de blocos de informação que contam com uma criptografia avançada para garantir a imutabilidade e inviolabilidade dos mesmos. Até hoje, o poder computacional necessário para quebrar essa criptografia era economicamente inviável, exigindo um gasto grande demais.

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O temor é que o avanço na computação quântica torne a quebra da criptografia de blockchains algo fácil e barato. Se isso ocorresse, o bitcoin, a Solana e outras criptomoedas estariam vulneráveis a manipulações, roubo de informações e controle externo, na prática perdendo a atratividade e potenciais usos.

Antes da Solana, outras soluções para o problema já foram apresentadas no segmento cripto, mas nenhuma teve uma adoção ampla. A expectativa, agora, é que o tema ganhe mais destaque entre desenvolvedores e resulte em novas soluções de proteção e inviolabilidade, algo que já foi previsto pelo próprio criador do bitcoin.

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