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SOL: após queda, criptomoeda que disparou 500% em 2023 pode voltar a subir?

Criptomoeda da rede Solana chegou a acumular alta de mais de 500% desde o início do ano, mas agora recua

 (Getty/Getty Images)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 17 de novembro de 2023 às 11h44.

A SOL, criptomoeda nativa da rede Solana, ganhou destaque no último ano por seus altos e baixos. Depois de ter sido ligada ao colapso da FTX e despencar, a criptomoeda voltou a subir e chegou a acumular alta de mais de 500% desde o início de 2023. No entanto, o movimento agora recua e levanta dúvida: a SOL vai voltar a subir?

Cotada a US$ 57,66 no momento, a SOL caiu 6,76% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Apesar disso, a sexta maior criptomoeda do mundo com US$ 24,4 bilhões em valor de mercado ainda acumula alta de 16,19% nos últimos sete dias, 141,77% no último mês e 478% desde o início de 2023.

“Solana é um dos blockchains monolíticos mais promissores do mercado. Mesmo após desafios como a quebra da FTX, instituição que mais apoiava a rede, o desempenho do criptoativo tem se mostrado resiliente conforme investidores precificam o crescimento do seu ecossistema DeFi, em conjunto com os avanços da Firedancer, novo client em desenvolvimento pela Jump Crypto, que promete aumentar a performance e escalabilidade da rede como um todo”, comentou João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.

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Em novembro do ano passado uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, a FTX, foi à falência em meio a polêmicas de má gestão do dinheiro de clientes e fraudes que deixaram um prejuízo bilionário até hoje.

Apoiada pela FTX, a Solana sofreu as consequências do ocorrido e sua criptomoeda nativa, a SOL, despencou. Atualmente, a SOL ainda apresenta queda de quase 78% desde sua máxima histórica de US$ 260.

A SOL ainda pode voltar a subir?

“Com uma evolução notável em soluções apresentadas na Breakpoint, rumores de airdrops de protocolos e com a atividade especulativa dentro da blockchain retornando, mesmo com a queda nos últimos 2 dias, o token SOL ainda tem muito espaço para subir no longo prazo”, afirmou Lucas Josa, analista de criptoativos do BTG Pactual.

“Todavia, para o curtíssimo prazo, o mercado passa por um momento relativamente incerto. Após um grande hype em torno dos ETFs, o mercado cripto pode ver muito em breve mais um aviso de adiamento sobre a decisão da SEC. Nesse momento, isso pode direcionar 2 cenários. O primeiro, uma continuidade na realização de ganhos no mercado, com uma rotação de altcoins para ativos mais consolidados, como o bitcoin. Já o segundo, seria uma continuidade na atividade especulativa para todos os criptoativos, dado que as condições de liquidez a nível global têm melhorado”, acrescentou.

“Isso sinalizaria que o mercado entende que o ETF é apenas uma questão de tempo e que a relação risco-retorno para este momento é favorável a um aumento de alocação em cripto. Sendo assim, os próximos dias devem ser muito decisivos para ditar o ritmo do mercado e seu apetite à risco daqui até o início de 2024. Então, por mais que exista o medo de ficar de fora, é um momento de cautela, principalmente para ativos que subiram muito nas últimas semanas", concluiu Lucas Josa, do BTG Pactual.

Além dos fatores citados, a falida FTX ainda exerce influência sobre a Solana. Isso porque a SOL é uma das criptomoedas que integra a maior parte do caixa da corretora, que segue em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.

Recentemente, o anúncio de que a FTX iria vender suas criptomoedas fez com que a cotação da SOL despencasse. O processo de venda continua, mas seguindo medidas para evitar um grande impacto no mercado cripto.

Dados da Ouroboros Research mostram que a FTX já vendeu uma boa fatia de suas posições em SOL. A corretora falida vendeu 7 milhões de unidades da criptomoeda, ainda tem 10 milhões para vender e outros 42 milhões bloqueados.

"Dado que a Kroll, empresa de consultoria de riscos responsável pelos fundos da finada FTX, informou em um documento público que as vendas de SOL deverão ser realizadas de modo com que o impacto nos preços seja mínimo, é improvável que essas operações causem pressão vendedora forte o suficiente para ofuscar o recente volume comprador no médio prazo", esclareceu João Galhardo à EXAME.

Um relatório recente da VanEck, gestora de ativos americana, ainda apontou que a SOL pode subir 10.600% até 2030.

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