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Recorde fez bitcoin dobrar de preço no passado: fenômeno deve se repetir agora?

Ao ultrapassar uma máxima histórica anterior, o bitcoin costumava apenas alguns dias para dobrar de preço em seguida; especialistas opinam se isso pode acontecer desta vez

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de março de 2024 às 17h09.

Última atualização em 5 de março de 2024 às 17h09.

Depois de mais de dois anos, o bitcoin ultrapassou a sua máxima histórica de US$ 69 mil nesta terça-feira, 5. Historicamente, o preço do bitcoin chegou a dobrar poucos dias após alcançar este marco. No entanto, a maior criptomoeda do mundo recua 8% logo após atingir o importante patamar de preço. Entenda a opinião de especialistas: o fenômeno ainda pode se repetir?

Após atingir US$ 69 mil nesta terça-feira, 5, o bitcoin agora é cotado a US$ 61.924, com queda de 8% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Anteriormente, especialistas já haviam apontado a possibilidade de realização de lucro por parte de investidores e por consequência uma correção de preço.

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No entanto, dados mostram que em outros momentos de máxima histórica o bitcoin dobrou de preço em poucos dias. Confira quanto tempo isso levou:

Março de 2013: 18 dias;
Novembro de 2013: 10 dias;
Março de 2017: 84 dias;
Dezembro de 2020: 18 dias.

Bitcoin ainda pode dobrar de preço?

“Apesar de no passado algumas situações de fortes altas após o rompimento da máxima histórica tenham ocorrido, dessa vez o cenário é muito diferente. Isso porque temos uma capitalização de mercado aproximadamente quatro vezes maior do que da última vez que vimos esse movimento”, disse Fernando Pereira, analista da BitGet, em entrevista à EXAME.

“Isso significa que seriam necessários quatro vezes mais dinheiro. Pode sim acontecer, mas dificilmente em poucos dias. Dando como exemplo, para que o bitcoin dobre de preço hoje é necessário que todo dinheiro do mundo investido em prata seja trocado por bitcoin”, explicou o especialista.

João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual, concorda que uma alta tão significativa em poucos dias é pouco provável desta vez. Apesar disso, a principal criptomoeda ainda tem perspectivas otimistas após o recorde graças à atenção que o marco pode chamar para investidores.

"Embora seja pouco provável que o bitcoin duplique seu valor em um espaço tão curto de tempo, os dados sublinham o impacto de uma máxima histórica, uma vez que isso eleva a visibilidade do ativo”, disse ele à EXAME.

“A cobertura midiática sobre a máxima histórica do bitcoin fomenta o interesse pela criptomoeda. Esse incremento de atenção atrai novos investidores ao mercado, o que, por sua vez, impulsiona o preço. Dependendo do alcance das notícias, isso deve resultar em um maior volume de compra ao decorrer das próximas semanas, contribuindo para que os preços retornem ao patamar de US$ 69 mil e, potencialmente, ultrapassem esse valor", concluiu Galhardo.

André Franco, do MB Research, apontou para a possibilidade de altas “nunca vistas anteriormente” graças ao halving, evento que corta a emissão do bitcoin pela metade e está agendado para abril deste ano. Ainda que não dobre de preço tão rapidamente, especialistas já prevêem o preço do bitcoin em US$ 100 mil até o fim de 2024.

"É possível, tendo em vista a volatilidade do bitcoin, que a moeda experimente uma queda mínima nos próximos dias, após ultrapassar esses US$ 69 mil. Ainda assim, é válido que o investidor se mantenha atento ao bitcoin, tendo por base que, após o halving, é esperado que o mercado se depare com ondas de altas nunca vistas anteriormente", disse Franco.

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