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Real Digital vai unir finanças tradicionais e criptomoedas, diz Banco Central

Diretor de regulação da autarquia informou que primeiros testes da CBDC brasileira serão realizados em 2023

Para diretor do Banco Central, regulação clara é importante para o processo de digitalização da economia (alengo/Getty Images)

Para diretor do Banco Central, regulação clara é importante para o processo de digitalização da economia (alengo/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

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Publicado em 18 de novembro de 2022 às 17h39.

O Banco Central reforçou mais uma vez que o Real Digital, seu projeto de moeda digital de banco central (CDBC, na sigla em inglês), será a ponte que vai unir as finanças tradicionais com o ecossistema das criptomoedas, via finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês).

Segundo pontou o diretor de regulação da autarquia, Otavio Damaso, os primeiros testes do Real Digital serão realizados em 2023. Ele também disse que a CBDC nacional provém da necessidade de preencher "um espaço importante" no processo de digitalização e tokenização da economia.

(Mynt)

"Vai ser o principal link entre finanças tradicionais e finanças descentralizadas, com papel fundamental no desenvolvimento da economia digital", afirmou Damaso durante o Encontro Lift: Real Digital, em Brasília.

Damaso destacou ainda a importância de uma regulamentação clara, fundamental para o processo de digitalização da economia, e que o Rel Digital precisa ter credibilidade para crescer e atingir a mesma adoção do Pix.

"É importante que todo o desenvolvimento e produto final tenha total integridade, o que vai trazer credibilidade e um crescimento sustentável e perene... Para gerar valor precisa ter credibilidade e confiança. Diferente de outros segmentos da economia, no sistema financeiro se não tiver confiança pode aparecer, mas vai sumir", destacou.

Criptomoedas

Recentemente, o Banco Central afirmou que está acompanhando a volatilidade do mercado de ativos digitais e analisando se o sobe e desce das criptomoedas pode gerar alguma turbulência no cenário econômico nacional.

“O BC segue acompanhando também a volatilidade dos mercados de criptoativos no cenário internacional, sua correlação com os mercados financeiros tradicionais e potenciais impactos decorrentes da implementação de novas ferramentas de finanças descentralizadas (DeFi)”, relatou a autarquia em relatório.

O amplo interesse do BC no mercado de criptoativos ocorre pois a instituição acredita que eles podem ampliar a inclusão financeira e gerar novas oportunidades para todo o sistema financeiro. Isso também é o que motiva a integração do Real Digital com o ecossistema cripto.

“Os recursos tecnológicos e de programabilidade – disponíveis no ecossistema de criptoativos e na Web3 – têm grande potencial para ampliar a inclusão financeira”, disse. o Banco Central

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