(Andriy Onufriyenko/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 20 de agosto de 2024 às 11h47.
Última atualização em 20 de agosto de 2024 às 11h48.
O bitcoin e as principais criptomoedas sinalizam recuperação nesta terça-feira, 20, com a principal criptomoeda do mercado chegando próximo dos US$ 60 mil. Nas últimas 24 horas, o setor movimentou cerca de US$ 62 bilhões, com o otimismo retornando para a classe de ativos digitais conforme especialistas dão o corte na taxa de juros dos EUA “como certo” em setembro.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 59.863, com alta de 2,5% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap.
De acordo com Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual, o bitcoin se consolidou entre US$ 57 e US$ 61 mil, o que é normal após um movimento muito extenso de queda como o que ocorreu após o fim do “carry trade” japonês.
Apesar disso, as perspectivas para a principal criptomoeda do mercado ainda são otimistas. Especialistas, incluindo Josa, já dão o corte na taxa de juros dos EUA “como certo” em setembro deste ano. Ainda que um corte expressivo nos juros possa significar uma preocupação do banco central norte-americano com uma possível recessão, este não é o cenário mais provável para o momento, de acordo com Matheus Parizotto, analista de research da Mynt e convidado do programa Morning Call Crypto, disponível na íntegra no YouTube:
“Existem dados que mostram uma economia forte nos EUA, mas o risco de recessão também não é zero. Se continuar deteriorando algumas métricas, principalmente do mercado de trabalho, pode acontecer, mas não é o nosso principal cenário para agora”, disse ele no programa, transmitido ao vivo às terças e quintas-feiras.
Lucas Josa, por outro lado, pontuou que o corte de juros nos Estados Unidos pode atuar como um forte pivô de alta para vários ativos nos próximos meses.
Os especialistas da Mynt acreditam que o bitcoin possui uma narrativa otimista e a possibilidade de novas altas ainda este ano, graças à política monetária do Fed e a demanda institucional pelos ETFs de bitcoin à vista nos EUA.
“No lado do ETF de bitcoin é compra, compra e compra sem parar. Então para o longo prazo só traz mais força para os fundamentos, principalmente para o lado do bitcoin. É um ciclo bem diferente, muito mais racional. A tese mais fácil de ser comprada é a tese do bitcoin, o mercado querendo ou não é isso e os investidores gostam. A narrativa é muito boa, muito forte e já ‘colou na parede’. A ideia é que os fluxos de entrada nos ETFs de bitcoin continuem se intensificando, principalmente com a possibilidade de corte na taxa de juros dos EUA”, disse Lucas Josa.
As eleições norte-americanas também podem ser um fator determinante para os próximos movimentos do bitcoin e das principais criptomoedas. No entanto, enquanto muitos apostam em Trump como a opção mais positiva para as criptomoedas, Josa aponta que mesmo em um cenário em que o candidato não vença as eleições, não será “o fim” para o bitcoin:
“O bitcoin vai subir mais se o Donald Trump ganhar a eleição, não tem o que fazer em relação a isso porque o mercado já entende que ele vai governar de uma forma muito pró-cripto. Mas acho que se ele não ganhar, o bitcoin vai sofrer um pouco mas invariavelmente vai voltar a subir por conta da forte demanda que temos no lado institucional”, concluiu.
O JEITO FÁCIL E SEGURO DE INVESTIR EM CRYPTO. Na Mynt você negocia em poucos cliques e com a segurança de uma empresa BTG Pactual. Compre as maiores cryptos do mundo em minutos direto pelo app. Clique aqui para abrir sua conta gratuita.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok