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Número de bitcoins "parados" no mercado bate recorde, mas isso é positivo; entenda

Mais de 74% de todas as unidades da criptomoeda não estão disponíveis para investimentos, o que aumenta escassez do ativo

Bitcoin enfrenta cenário incerto no curto prazo (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 15h41.

A plataforma de inteligência de mercado Glassnode divulgou nesta semana que a quantidade de bitcoins indisponíveis no mercado para negociações bateu um recorde echegou à casa dos 74%neste ano. A fatiaequivale a 14,61 milhões de unidadesda criptomoeda , contra uma oferta em circulação total de 19,75 milhões.

A métrica é usada pela Glassnode como uma forma de determinar a oferta real disponível no mercado para investidores. Ela é calculada levando em conta os fluxos de movimentação da criptomoeda em carteiras digitais de pessoas ou empresas que possuem unidades do ativo.

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Caso as movimentações sejam menores que os períodos com os ativos "parados", a unidade de bitcoin é considerada ilíquida, ou seja, sem uma liquidez efetiva para o mercado.O valor de 74% de iliquidez é o maior já registrado pela empresadesde o início das medições.

Em geral, uma unidade da criptomoeda fica parada por duas razões. A primeira é quando o dono do ativo tem um foco em valorizações de longo prazo e, por isso, não vende as unidades por um longo período de tempo, mesmo em cenários de queda ou lateralidade de preço.

Outra possível razão é que, em alguns casos, o dono da carteira digital perde o acesso à ferramenta de armazenamento e, por isso, fica impossibilitado de movimentar os bitcoins. A menos que o dono recupere o acesso em algum momento, essas unidades estão efetivamente perdidas para o mercado. Um estudo aponta que esse número pode chegar à casa das 6 milhões de unidades do ativo.

Halving e liquidez do bitcoin

Em um relatório, André Dragosch, diretor de pesquisa da ETC Group, disse que o recorde de iliquidez reflete um choque de oferta comum em períodos posteriores ao halving da criptomoeda. O último halving ocorreu em abril deste ano.

Porém, o analista considera que a métrica é positiva: "Isso deve fornecer um vento favorável crescente para o bitcoin e outros ativos cripto nos próximos meses". O motivo é que a iliquidez resulta em uma maior escassez do ativo. Em cenários de demanda crescente, a escassez resulta em uma valorização de preço.

Ao mesmo tempo, a baixa liquidez também pode aumentar o grau de impacto de movimentações no mercado, seja de compra ou de venda. Nesse sentido, a criptomoeda pode estar mais vulnerável a desvalorizações no curto prazo, com seu futuro dependendo de um possível crescimento de demanda.

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