Método de classificação busca estabelecer melhores estruturas organizacionais para a indústria de criptomoedas (FabrikaPhoto/Envato/Reprodução)
As empresas de inteligência de mercado CoinGecko e 21Shares lançaram nesta quarta-feira, 8, o Global Crypto Classification Standard (Padrão Global de Classificação de Criptomoedas, em tradução livre), uma proposta de classificação e divisão de iniciativas no mercado cripto que busca facilitar o entendimento sobre como esses projetos funcionam.
À EXAME, o chefe de pesquisa do CoinGecko Zhong Yang Chan explica que o sistema busca ser uma "taxonomia rigorosa para a indústria de criptomoedas": "O GCCS foi projetado para ser mais granular e abrangente, pois considera todos os aspectos dos criptoativos – desde onde ele se encontra no ecossistema cripto, seu setor e indústria dentro da criptoeconomia até o tipo de token com base em sua finalidade".
"Ao diferenciar claramente entre o protocolo e o seu token, o GCCS reflete com precisão e realismo a natureza multifacetada dos criptoativos, além de contabilizar sua natureza fundamentalmente versátil, dada a inovação absoluta no espaço", observa Chan.
Segundo ele, esse novo método de classificação busca estabelecer as melhores estruturas organizacionais para a indústria de criptomoedas, trazendo "mais clareza para os investidores institucionais" interessados em entrar e investir nesse mercado em ascensão.
A ideia é oferecer aos investidores uma forma simples de saber onde um determinado criptoativo se situa no ecossistema, qual a sua função e características, ajudando a determinar as vantagens e desvantagens de investir nele, assim como seus riscos.
Além disso, as empresas buscaram trazer uma classificação com padrão uniforme, permitindo comparar as informações de diferentes projetos. "As criptomoedas, com sua pilha de tecnologias desconhecidas e grande número e variedade de projetos e tokens, terminologia e jargões, podem ser assustadoras e avassaladoras para os recém-chegados", observam as companhias.
O sistema de classificação é dividido em três níveis, dois focados no protocolo e um no criptoativo em si. No primeiro, o protocolo pode ser dividido nas seguintes categorias: criptomoedas, oráculos, blockchains com aplicação específica, aplicativos de entidades centralizadas, interoperabilidade, escalabilidade, aplicativos descentralizados e plataformas de contratos inteligentes.
Depois disso, os protocolos são divididos pelo setor que ocupam no mercado: desenvolvimento de aplicações, metaverso, finanças descentralizadas, finanças centralizadas, entretenimento, identidade, armazenamento, mídia interativa, infraestrutura e internet das coisas.
Uma vez que o protocolo já está classificado, o sistema busca então analisar o criptoativo associado a ele. Com isso, surgiram as seguintes divisões: criptomoeda, moeda nativa, moeda depositada, token derivativo, token de governança, token de utilidade, stablecoins pareadas a uma moeda fiduciária, stablecoins ancoradas, stablecoins reflexivas, NFTs geradores de royalties, NFTs colecionáveis e NFTs consumíveis.
Ao explicar a utilidade do sistema de classificação, Chan oferece um exemplo prático: "DAI e FRAX são amplamente conhecidos como stablecoins descentralizadas, mas funcionam de maneiras diferentes na realidade. Ao aplicar a estrutura do GCCS, fica claro que a DAI opera em um modelo baseado em crédito e conta com garantias exógenas como seu principal mecanismo. Por outro lado, o FRAX adota um modelo de administração com garantia endógena".
"Embora inúmeras mudanças possam ocorrer ao longo dos anos para ajustar a classificação, incluindo modificar ou fazer novas adições à medida que a indústria de criptomoedas evolui, esperamos que este padrão de classificação atue como um guia para usuários de todos os níveis terem uma melhor compreensão do indústria", dizem as empresas. O sistema de classificação pode ser baixado clicando aqui.
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