Magazine Luiza lançou produto de investimento em criptomoedas (Magazine Luiza/Divulgação)
Repórter do Future of Money
Publicado em 19 de outubro de 2023 às 11h56.
O Magazine Luiza anunciou nesta quinta-feira, 19, a estreia de opções de compra de criptomoedas diretamente em seu aplicativo, o App Magalu. O recurso está disponível para os mais de 37 milhões de usuários do aplicativo, com opções de compra de bitcoin, ether e USDC - uma stablecoin pareada ao dólar - a partir da conta digital MagaluPay.
Em um comunicado, a gigante do varejo brasileiro explicou que as compras de criptomoedas podem ser feitas a partir de R$ 1. Os ativos adquiridos também podem ser vendidos quando o investidor quiser. As novas opções de investimento são fruto de uma parceria entre o MagaluPay - braço financeiro da companhia - e a corretora Mercado Bitcoin.
O Mercado Bitcoin será o "parceiro responsável pela tecnologia e segurança dos processamentos na plataforma", segundo o comunicado. Com isso, será possível que o aplicativo do Magazine Luiza ofereça a compra, venda e custódia de criptoativos. O foco é em oferecer "uma experiência simplificada em que as transações serão concluídas em poucos cliques".
"Os clientes contarão também com vídeos que introduzem conceitos e auxiliam nas tomadas de decisão para os primeiros investimentos em criptoativos", destaca o Magalu. Fábio Murakami, diretor de produtos do MagaluPay, explicou que "para muitos desses clientes, esse será o primeiro contato com criptoativos e a oportunidade de iniciar investimentos em moedas digitais, a partir de R$ 1”.
“Vamos mostrar que transações com criptomoedas não são um bicho de sete cabeças”, promete o executivo. Já Guilherme Pimentel, diretor de Produtos do MB, afirma que a parceria possibilita oferecer aos clientes "a opção de comprar e vender criptoativos diretamente pelo seu aplicativo".
"Estamos entusiasmados em fornecer a tecnologia para que esse gigante do varejo possa explorar ainda mais o potencial da economia tokenizada, conectando milhões de pessoas com o mundo da tecnologia blockchain”, ressaltou Pimentel. No momento, 10,6 milhões de clientes do Magalu já possuem contas no MagaluPay e poderão começar os investimentos.
Na visão do Magalu, a novidade é "mais uma iniciativa de digitalização e inclusão financeira e de ampliação da cesta de serviços disponíveis aos usuários". Segundo a empresa, "para poder realizar as negociações, os interessados deverão estar no nível 2 do cadastro no aplicativo do Magalu: ou seja, precisam confirmar os dados de identificação facial (selfie), validação do documento (foto), endereço atualizado, profissão, CPF e renda".
De acordo com o jornal Valor Econômico, o Magalu segue estudando a possibilidade de criar um token nativo próprio, que estaria sendo chamado de "Lucoin". Entretanto, o ativo ainda está em análise e não faz parte da nova operação. O lançamento de uma cripto própria aproximaria a estratégia da empresa à do Nubank, que já possui a Nucoin.
A novidade do Magalu foi anunciada em meio a um cenário misto para o mercado de criptomoedas no Brasil. Apesar do crescimento significativo no número de usuários e iniciativas no setor, como apontam dados da Receita Federal, recentemente algumas companhias decidiram encerrar opções de investimento em cripto. É o caso da corretora Avenue e, mais recentemente, da XP Investimentos, que decidiu encerrar sua plataforma cripto, a XTage.
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